Suspeito de matar jovem em GO usou escavadeira para fazer cova, diz polícia
O empresário de 34 anos preso por suspeita de matar uma jovem de 21, que estava desaparecida desde março passado, usou uma escavadeira para fazer uma cova de cinco metros de profundidade.
O que aconteceu
Paulo Antônio Eruelinton Bianchini teria feito uma cova bem funda para sepultar o corpo de Dayara Talyssa Fernandes da Cruz. Para perfurar o solo, o suspeito utilizou uma escavadeira, máquina que ele possui habilidade de manuseio por fazer parte de seu material de trabalho ligado a desmatamento e barragens, segundo informações da Polícia Civil de Goiás.
Polícia precisou usar maquinário de grande porte para remover o corpo do buraco. Com o apoio da prefeitura de Orizona, os agentes escavaram uma área na propriedade, com o auxílio de uma retroescavadeira.
Corpo estava enrolado em um tecido com diversos pertences, incluindo o documento de identidade da vítima, o que possibilitou sua identificação. Familiares também reconheceram os pertences encontrados junto à ossada, segundo informou o delegado responsável pelo caso, Kennet Andersson de Souza Carvalho. Os restos mortais e os objetos foram encaminhados ao IML.
Dayara esteve na propriedade, na companhia de Paulo, no final de fevereiro até o dia 10 de março. Foram realizadas diligências e os restos mortais foram encontrados. O corpo foi encaminhado ao IML, assim como os pertences encontrados no local. As investigações prosseguem, a fim de esclarecer a autoria e eventual participação de outros investigados.
Delegado Kennet Andersson de Souza Carvalho
A Polícia Civil chegou ao local após receber informações, na sexta-feira (5), sobre a possível localização do corpo. Dayara foi vista pela última vez na mesma área, com o companheiro, o empresário Paulo Antonio Eruelinton Bianchini, que é proprietário de uma empresa que trabalha com tratores e retroescavadeiras, realizando serviços de terraplanagem na região.
Bianchini foi preso no dia 1º de julho. Ele é suspeito de feminicídio qualificado e ocultação de cadáver. As autoridades acreditam que ele seja o responsável pelo crime, utilizando sua experiência com tratores e escavadeiras para enterrar o corpo, dificultando o trabalho da polícia.
Empresário decide colaborar com a Justiça e se entrega. O advogado de defesa de Bianchini, Divino Diogo, afirmou em nota que apresentou o seu cliente na delegacia de Vianópolis na tarde do dia 1º de julho, no intuito de colaborar com a Justiça, já que havia o mandado de prisão expedido em seu desfavor.
O advogado também citou "incongruências em inquérito". O defensor afirmou que, pela via processual, irá "rechaçar as incongruências contidas no inquérito policial, as quais são baseadas em indícios apenas em razão do vínculo afetivo entre Paulo e a vítima". O objetivo é comprovar em juízo a negativa de autoria do acusado.
Relembre o caso
Dayara teve seu desaparecimento registrado em 25 de março, quando o empresário informou à delegacia que ela havia desaparecido. Ele alegou ter deixado a companheira na rodoviária de Orizona no dia 10 do mesmo mês.
O delegado Kennet Andersson declarou que contradições no depoimento de Paulo Bianchini levaram a polícia a considerá-lo suspeito. A investigação aponta que ele pode ter matado Dayara, escondido o corpo e mentido sobre seu desaparecimento.
Em 24 de junho, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Morrinhos, Pontalina, Itumbiara e Buriti Alegre, mas o suspeito não foi encontrado. Ele se entregou à polícia no dia 1º de julho.
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