Ação mira membros do PCC em SP; facção tinha plano eleitoral, diz polícia
Uma nova operação policial hoje de manhã em 15 cidades do estado de São Paulo mira a prisão de 20 suspeitos de integrar o PCC.
O que aconteceu
A investigação mira suspeitos de exercer funções de liderança da facção criminosa paulista, segundo a Polícia Civil. A ação cumpre mandados expedidos pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Direitos da Capital.
Polícia diz ter identificado plano do PCC para infiltrar membros da facção nas eleições municipais deste ano. "[A facção estaria lançando] candidatos aos cargos em disputa (...). [A investigação identificou o envolvimento de] ao menos uma servidora municipal com um membro do alto escalão do PCC", diz documento da Polícia Civil obtido pelo UOL.
Operação contou com sequestro de bens e valores que totalizam mais de R$ 8 bilhões, indica investigação. Até o momento, os agentes já apreenderam sete veículos, três armas, relógios de luxo e dinheiro vivo com cédulas de dólares e reais que atingem cerca de R$ 50 mil.
A atuação do grupo começou a ser investigada após a prisão da esposa de um dos líderes do grupo ligado ao PCC. Ela era suspeita de ser a responsável por armazenar cerca de 30 quilos de drogas em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo.
Segundo os agentes, ela teria o papel de fazer a interlocução com lideranças presas para transmitir ordens deles para integrantes da facção nas ruas. A ação também contava com a participação de advogados, indica a investigação.
Eles [advogados] auxiliam a comunicação (...) durante atendimentos em presídios com transmissão de recados [salves] de dentro para fora do presídio.
Trecho de investigação obtida pelo UOL
Agentes cumprem 20 mandados de prisão temporária e outros 60 de busca e apreensão. A operação policial conta com um efetivo de cercas de 400 policiais civis. Até o momento, 13 suspeitos já foram presos.
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