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Avião da Voepass que caiu teve falha em degelo relatada em 2023, diz jornal

O avião da Voepass que caiu em Vinhedo (SP) na sexta-feira (9) teve uma falha no sistema de degelo detectada no ano passado.

O que aconteceu

A aeronave ATR-72 ficou com o sistema de degelo sem operar em pelo menos seis ocasiões. A informação foi publicada pelo jornal O Globo, após ter acesso a relatórios internos da companhia aérea.

Avião recebeu recomendação técnica de não voar para o Sul em julho de 2023. O veto seria para evitar uma região propícia a condições climáticas adversas. Ordem não foi seguida e avião partiu para Porto Alegre no mesmo dia.

Em mais de cinco inspeções, outros problemas foram identificados. Entre os dias 13 e 18 daquele mês, limpador de para-brisa ficou quebrado, sistema de alerta de aproximação em solo teve pane, gerador elétrico ficou inoperante e indicador de situação horizontal também não funcionava.

Voepass alega que corrigiu as falhas descobertas no ano passado. Além disso, ainda afirma que o sistema de degelo estava operante no dia do acidente em Vinhedo, que deixou 62 pessoas mortas.

Mal funcionamento do degelo é uma das linhas de investigação. A formação de gelo nas asas do avião é uma das hipóteses levantadas por especialistas, que acreditam ter sido um fator contribuinte para a queda deste ano.

Como funciona mecanismo antigelo?

Sistema antigelo é crucial para segurança. Projetado para operar com segurança em condições de formação de gelo, o sistema de proteção é um dos elementos cruciais para evitar que o gelo acumulado comprometa a aerodinâmica e a segurança do voo.

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Borrachas inflam para gelo cair. Vídeos publicados nas redes mostram como funciona o sistema de degelo nas asas do modelo ATR-72. As bordas de ataque das asas e os estabilizadores horizontais e verticais são equipadas com sistemas de botas pneumáticas. Elas se parecem com anéis de borracha e podem ser infladas e desinfladas. Quando infladas, as botas se expandem, quebrando e removendo qualquer gelo que tenha se formado.

Sistemas antigelo dos ATR são monitorados e controlados pela tripulação. Por meio de painéis de controle específicos no cockpit, o sistema pode ser ativado ou desativado conforme necessário, dependendo das condições de voo.

Sistema é eficiente, mas depende de vários fatores. Enquanto as investigações sobre a aeronave que caiu em Vinhedo prosseguem, especialistas apontam que o sistema antigelo desses modelos é eficiente, mas sua operação depende de vários fatores, incluindo a correta atuação dos pilotos e as condições climáticas adversas.

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