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Sindicalistas dizem ter sido agredidos pela PM em ato no Santander

O Sindicato dos Bancários de São Paulo acusa a Polícia Militar de ação truculenta na manhã desta quarta-feira (22) durante um protesto em frente ao banco Santander, na zona sul da capital paulista. Uma pessoa foi presa.

O que aconteceu

Sindicalistas faziam um ato no ''Dia Nacional de Luta'' reivindicando o fim de terceirizações no setor bancário. O protesto começou no início da manhã em frente ao Radar Santander, no bairro Santo Amaro, em meio a uma série de atos em frente a agências bancárias desde a semana passada.

Santander acionou a Polícia Militar, que teria agido com violência, segundo os manifestantes. ''A Polícia chegou agredindo fisicamente as pessoas com cassetete e gás de pimenta. Cenas fortes de desrespeito e violência'', contou a secretária-geral do Sindicato, Lucimara Malaquias.

Vídeos mostram pessoas sendo empurradas por agentes da PM e sendo atingidas com armas de choque. Segundo Lucimara, alguns dos presentes ficaram machucados, passaram mal e precisaram ser levados ao ambulatório. Uma mulher apareceu em cadeira de rodas sendo atendida por bombeiros.

Um membro do Sindicato foi detido durante a ação e encaminhado ao 11º DP. Horas depois, foi liberado, segundo a associação. SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que o homem foi preso após agredir militares, que teriam sido recebidos com ''hostilidade''.

SSP disse que agentes precisaram usar ''técnicas de controle de distúrbios'' para conter manifestantes. ''Os PMs foram acionados para garantir o direito de ir e vir dos funcionários de uma instituição bancária que estavam sendo proibidos de entrar no local de trabalho'', afirmou em nota. Corporação está acompanhando o caso.

Ouvidoria da PM diz que abriu procedimento. Em nota, a Ouvidoria informou que pediu providências à Corregedoria, além de imagens das Câmeras Operacionais Portáteis e das câmeras do local. "Ainda oficiaremos o Ministério Público do Trabalho manifestando nossa preocupação com as eventuais irregularidades cometidas", diz o texto.

Sindicato relata que a empresa não enviou nenhum representante de relações sindicais para dialogar com trabalhadores. ''O Santander está substituindo nosso direitos conquistados com terceirizações precarizadas, não aceitamos. Um dos bancos que mais terceiriza, corta direitos e achata a remuneração'', explica o Sindicato sobre a reivindicação.

Ao UOL, o Santander disse que "respeita todas as manifestações democráticas e preza pela garantia da segurança de seus colaboradores e o entorno."

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