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Polícia apura se funcionária da Apae foi morta por disputa de poder

A polícia diz que há "fortes indicativos" de que a secretária-executiva da Apae de Bauru (SP), Cláudia Regina da Rocha Lobo, foi morta por conflito de interesses com o então presidente da entidade, Roberto Franceschetti Filho.

O que aconteceu

Polícia Civil trabalha com a hipótese de que Cláudia foi morta por disputa de poder ou questões financeiras. Roberto contou à polícia que Cláudia estava fazendo retiradas de valores da Apae para uso próprio. Uma semana antes do desaparecimento, ela pediu que ele mais liberasse R$ 40 mil "pela última vez", o que foi negado.

Roberto alega que Cláudia pediu "adiantamentos" financeiros quatro ou cinco vezes, o que causou um rombo no caixa da Apae. Segundo ele explicou em depoimento, Cláudia dizia estar ajudando um parente que foi preso e estava devendo.

Policiais encontraram mensagens em que Cláudia diz que Roberto só é presidente porque ela o indicou. "Algumas informações apontam que isso poderia ter sido 'colocado em xeque', querendo tirá-lo da função", explicou o delegado Cledson do Nascimento.

A polícia concluiu que Cláudia foi assassinada a tiros por Roberto no último dia 6 de agosto. Um vídeo mostra o momento em que os dois trocam de lugar em um carro estacionado no bairro Jardim Pagani. Segundo a polícia, Cláudia foi baleada no banco de trás.

Roberto teve ajuda para descartar o corpo. Um funcionário responsável pelo setor de frota e compras da Apae de Bauru, considerado "homem de confiança" de Roberto, diz que foi ameaçado para "dar fim" no corpo e limpar o carro onde aconteceu o crime.

No dia 10 de agosto, funcionário levou polícia ao local onde queimou o corpo da vítima. Foi nesse momento que os agentes encontraram fragmentos de ossos humanos, ainda em análise. Também foi encontrado um par de óculos, reconhecido por parentes como sendo de Cláudia.

Defesa de Roberto nega que cliente tenha confessado crime de maneira "formal e muito menos informal". O advogado Leandro Pistelli disse que o cliente nega o crime, e argumenta também que, embora a polícia tenha coletado "fragmentos de ossos" ainda não há "qualquer laudo ou perícia" que os tenha identificado como sendo de Cláudia.

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