Sindicato é condenado a pagar R$ 3,8 milhões para Metrô por greve em 2021
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo foi condenado a pagar R$ 3,8 milhões em indenização ao Metrô devido a uma greve que aconteceu em maio de 2021.
O que aconteceu
Decisão atende parcialmente a um pedido do Metrô para cobrir prejuízos. O juiz Marcio Ferraz Nunes, da 16ª Vara da Fazenda Pública, considerou que o Metrô deixou de arrecadar R$ 2,1 milhões no dia da greve e gastou R$ 1,6 milhão com o sistema Paese, ônibus gratuitos que transportam passageiros do Metrô em dias de paralisação.
Justiça diz que a categoria não respeitou liminar. Na época, o Tribunal Regional do Trabalho determinou que o sindicato deveria manter o funcionamento do Metrô em 80% nos horários de pico e 60% nos demais horários.
A paralisação da prestação dos serviços de transporte coletivos em 19/05/2021, extremamente nociva à população - não só aos cidadãos que dependem diretamente da prestação do serviço, como também aos que não dependem, pois também acabam sendo afetados pela via oblíqua, devido à sobrecarga de outros meios de transporte, trânsito e demais consequências - causou inequívocos danos materiais à autora, conforme documentos juntados à inicial.
Juiz Marcio Ferraz Nunes
Sindicato diz que vai recorrer e chamou decisão de absurda. "As greves são um direito constitucional e sua esfera de julgamento é a Justiça do Trabalho. O Metrô e o governo do estado exercem um verdadeiro desrespeito com a justiça do trabalho ao buscarem a justiça comum. Não existe precedente de atitude parecida no Brasil. Vamos recorrer para defender o direito de greve".
Não é a primeira vez que o sindicato é condenado. Em 2023, a Justiça determinou o ressarcimento de R$ 7,1 milhões e R$ 6,4 milhões por danos causados ao Metrô durante greves.
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