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Incêndio, tiros e fuga: como foi ação de 'novo cangaço' em rodovias de SP

Um ataque aos moldes das ações de "novo cangaço" teve incêndio, dois confrontos com a PM em rodovias no interior de São Paulo e fuga na noite de segunda-feira (9).

O que aconteceu

Grupo incendiou carro-forte. Após interromper o trânsito da Rodovia Cândido Portinari com um caminhão, os criminosos entraram em confronto com os seguranças da empresa especializada em transporte de valores na altura de Restinga (SP), no sentido Franca-Batatais. Em seguida, atearam fogo no veículo. Três seguranças foram levados a um hospital devido a ferimentos causados por estilhaços.

Ação contou com a participação de ao menos 15 criminosos, segundo a PM. Além do caminhão, grupo também usou outros dois veículos no ataque, ainda de acordo com a corporação.

Quadrilha escapou do cerco policial e atirou no veículo de uma empresa na fuga. Após confronto com os PMs, os criminosos atiraram na direção de um veículo. Um dos ocupantes do carro foi atingido na perna e está internado em estado grave, segundo a PM.

Houve outro confronto com a PM a 88 quilômetros do local do ataque ao carro-forte. Cerca de 30 minutos após a ação, os criminosos entraram em confronto novamente com policiais militares na Rodovia Abraão Assed, entre os municípios de Serra Azul e Serrana. Um policial se feriu ao ser atingido por estilhaços.

Segundo a PM, os criminosos fugiram em direção a Ribeirão Preto. As buscas para localizá-los e prendê-los continuam.

Investigações da PF e outros ataques

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Operação da PF contra suspeitos de participar de mega-assaltos. Foram cumpridos ontem dois mandados de busca e apreensão domiciliar e três mandados de prisão preventiva em São Paulo e em Buri (SP). Investigação também mira CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). Segundo a PF e o MP, eles são os fornecedores de armas e munições da quadrilha investigada.

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Investigação começou após ataque a um banco em abril de 2023 na cidade de Confresa (MT). Na ocasião, ao menos 17 suspeitos foram mortos em ações da polícia após a fuga do grupo. Investigadores usaram DNA dos mortos para investigar grupo.

No começo deste mês, a Polícia Federal indiciou 17 pessoas por envolvimento em um mega-assalto no aeroporto de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. A ação, ocorrida em junho deste ano, contou com o envolvimento de duas pessoas ligadas ao PCC em um ataque a uma carga de R$ 30 milhões, segundo reportagem do UOL, que teve acesso aos detalhes da investigação.

Em janeiro deste ano, uma quadrilha atacou um caminhão com uma carga de R$ 7,2 milhões na Rodovia Anchieta, em São Paulo. Três suspeitos morreram em confronto com a polícia, outros 15 foram presos e dois adolescentes acabaram sendo apreendidos. A carga foi apreendida pelos policiais envolvidos na ação.

Os criminosos adotam a tática de "domínio de cidades". A ação é um avanço em relação ao "novo cangaço" por ser mais perigosa e planejada. Essas quadrilhas contam com armas de grosso calibre, explosivos e veículos blindados para enfrentar as forças de segurança.

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