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Chuva prevista para capital e Grande SP perde força, diz Defesa Civil

A chuva prevista para esta sexta-feira (18) na capital paulista e região metropolitana atrasou e perdeu força, segundo informou o capitão Roberto Farina, diretor de comunicação da Defesa Civil, em entrevista ao UOL News. Entretanto, o alerta está mantido para outras regiões do estado, como Serra da Mantiqueira e interior.

O que aconteceu

Defesa Civil segue monitorando a situação, destacou Farina. "Pode chover um pouco menos na capital e na região metropolitana, com menos severidade, mas o alerta está em vigência ainda. Nós seguimos monitorando porque nós temos essas áreas que podem ter volumes de chuva mais expressivos e podem ter também rajadas de vento", explicou.

A chuva que chegaria à capital e região metropolitana por volta das 16h e 17h [desta sexta-feira (18)] acabou atrasando, e ela pode ter perdido um pouco de força. Aqueles ventos que vimos nas previsões, de 60 km/h, ainda estão mantidos.
Capitão Roberto Farina, diretor de comunicação da Defesa Civil

Defesa Civil alertou para chuva mais volumosa em menos tempo em várias áreas do estado de SP. Acumulado de chuvas, que era de 200 milímetros, pode chegar a 250 milímetros em algumas cidades. Outra alteração é o período do acumulado, que era de 72 horas, passou para 24 horas. O alerta é motivado pela passagem de uma frente fria, que trará precipitações significativas, acompanhadas de raios, rajadas de vento de mais de 60 km/h e por possíveis quedas de granizo em pontos isolados.

Este é o caso da região da Serra da Mantiqueira, de acordo com o órgão. "Outra região que também gerou um ajuste, uma atualização do boletim especial, é a região da Serra da Mantiqueira. Nós tínhamos ali um modelo que mostrava 200 milímetros para 72 horas. Agora pode chover ali naquela região 250 milímetros em 24 horas", destacou Farina.

Interior do estado também deve receber grandes volumes de chuva, diz Farina. "No interior, a gente ainda percebe que o movimento do modelo meteorológico segue a mesma previsão que nós tínhamos visto anteriormente. Com o ajuste da diminuição do período. Isso pode gerar outros transtornos, como alagamentos, inundações e até enxurradas em alguns locais."

Essa atualização está relacionada principalmente à mudança em relação ao período dos acumulados de chuva. No alerta anterior que emitimos de sexta até domingo tinha acumulados para 72 horas. Ou seja, essa chuva persistia durante três dias. Agora, o que nós temos é um acumulado mais denso em 24 horas. Capitão Roberto Farina, diretor de comunicação da Defesa Civil

Gabinete de crise foi instalado no Palácio dos Bandeirantes às pressas para monitorar próxima chuva. O governo teme que o mesmo problema que ocorreu na semana passada, quando milhares de pessoas ficaram sem energia, volte a acontecer neste fim de semana, quando há previsão de chuva volumosa.

Plano para redução de danos foi solicitado. Um ofício assinado pelo secretário chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil, coronel Henguel Ricardo Pereira, solicitando reunião e pedindo às concessionárias um plano com ações para mitigar danos e interrupções no fornecimento de energia.

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É importante que as pessoas se atentem aos alertas e tenham a percepção de risco em caso de chuva e ventos fortes. Evitem áreas abertas, encostas, tomem cuidado com quedas de árvores e busquem abrigo e um local seguro. Secretário-chefe da Casa Militar e Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Henguel Ricardo Pereira

Dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura de SP mostram que outubro registrou até o momento 25,1 mm de chuva. O número corresponde a 22,3% dos 112,7mm esperados para o mês. Cada milímetro de chuva significa um litro de água por metro quadrado.

Deslizamento e inundações

O Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) aponta para o risco alto e moderado de deslizamento de terra. O órgão também prevê enxurradas e inundações de córregos urbanos, tanto no sábado (19), como no domingo (20), para algumas regiões de SP, RJ e MG. A previsão para este final de semana é de queda de fortes temporais em partes do Sudeste.

Ainda há risco geológico moderado para o leste de SP, no sábado, nas mesorregiões de Campinas, metropolitana (inclui a capital) e Vale do Paraíba, nas proximidades com RJ e MG. O risco é maior em cidades serranas e metropolitanas, que podem registrar ocorrências pontuais de deslizamentos de terra em encostas, aponta o Cemaden, pela presença de áreas de alta suscetibilidade.

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No domingo, o risco de deslizamento sobe para alto principalmente nas Serras do Mar e da Mantiqueira, presentes no Vale do Paraíba Paulista, no sul de Minas e no sul do Rio. Os acumulados de chuva do sábado, somados às pancadas previstas para domingo, poderão tornar maiores os riscos de movimentação da terra por conta do encharcamento do solo. Para as mesorregiões de Campinas e Metropolitana, o risco continua moderado no domingo.

Apagão afetou 3,1 milhões após chuva

Número real de pessoas afetadas pelo apagão foi de 3,1 milhões na capital e na região metropolitana. O presidente da Enel, Guilherme Lencastre, diz que a empresa trabalhava com o número de 2,1 milhões porque algumas residências tiveram a energia restabelecida em até quatro horas após o apagão após a chuva do dia 11. "Isso aconteceu porque a gente tem tecnologia na rede, capaz de remanejar o fluxo de energia e fazer esse restabelecimento de maneira automática e, algumas vezes, remota".

A Enel diz que trechos inteiros da rede foram danificados. Segundo a distribuidora, será preciso reconstruir, trocar postes, transformadores e outros equipamentos.

Distribuidora deixou de investir R$ 602 milhões previstos para São Paulo. Segundo reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, na segunda (14), uma vistoria realizada pelo Ministério Público mostra que a Enel deixou de investir em sua infraestrutura, conforme previsto em planejamento.

Chuva volumosa é prevista para atingir região castigada pela seca nos últimos meses
Chuva volumosa é prevista para atingir região castigada pela seca nos últimos meses Imagem: Reprodução/Climatempo
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Chuva volumosa no Centro-Oeste do Brasil

O tempo instável também atingiu as regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, locais castigados pela seca severa nos últimos meses, ao longo desta semana.

As duas regiões estavam sob a influência de vários sistemas meteorológicos. Isso contribuiu para o aumento de chuvas nessas áreas, como Mato Grosso, Goiás e o Distrito Federal. Muitas cidades desses estados chegaram a ficar mais de 100 dias sem uma gota de chuva. O Rio Grande do Sul também foi atingido por frente fria no início da semana.

*com informações do Estadão Conteúdo

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