PT lança Benedita da Silva como pré-candidata a prefeita do Rio de Janeiro
O PT (Partido dos Trabalhadores) definiu a deputada federal Benedita da Silva como pré-candidata da legenda à prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de outubro. A informação foi confirmada pela própria ex-governadora ao jornal O Globo.
Benedita tinha um acordo para ser vice numa chapa de coalizão encabeçada por Marcelo Freixo, mas o deputado federal do Psol acabou desistindo de se candidatar.
Em entrevista ao jornal, a deputada — que foi a primeira mulher negra a ser senadora no Brasil — disse que o cenário para sua candidatura ainda segue indefinido.
"Antes, estávamos prontos para fechar com o Freixo, que desistiu. Nós estávamos trabalhando a unidade da oposição. Me coloquei à disposição do PT, mas continuo dialogando", disse.
A parlamentar explicou que o objetivo é evitar uma reeleição do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) com "um possível apoio" de Jair Bolsonaro (sem partido), embora o presidente venha dizendo que não participará ativamente das eleições municipais previstas para outubro.
"Eu e o Freixo conversamos muito sobre a responsabilidade da oposição e da esquerda com tudo o que está acontecendo no governo Bolsonaro. E aqui, o que está acontecendo são réplicas".
Benedita ainda disse que foi um equívoco do Psol deixar Marcelo Freixo se afastar da disputa da prefeitura da capital e afirmou que há especulações sobre o partido ter participação na vice-liderança de sua chapa, como o pastor Henrique Vieira ou a deputada estadual Mônica Francisco.
A pré-candidata disse ainda que a cidade do Rio de Janeiro vive retrocessos na gestão de Crivella e que já espera encontrar "um caos" se for eleita.
"Vou procurar as forças do Rio e retomar a conversa com os demais partidos para buscar um projeto para a cidade que seja comum e viável. Devemos retomar a cidade com a esperança de tirar as pessoas da rua, para onde elas voltaram", disse ela, que citou a perda de uma irmã e do sobrinho por causa da pandemia de coronavírus.
Na entrevista, Benedita negou que o PT não queira abrir mão de lideranças de chapas e forma alianças, como o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou quando criticou manifestos suprapartidários.
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