Candidatos apelam em nome de urna com palavras chulas e de cunho sexual
As eleições são um campo aberto à criatividade para conquistar a atenção do eleitorado e, quem sabe, garantir o voto. Também não é por menos: há 45,4 mil candidatos a mais em relação ao pleito de 2016. Há quem decida apelar. Alguns optaram por usar palavras chulas e de cunho sexual para tentar atrair a população.
Outros apostam na associação a nomes de outros políticos, inclusive estrangeiros, como o presidente norte-americano Donald Trump e o ex-presidente Barack Obama. Na briga por votos, vale até fazer menção à cloroquina nos santinhos.
Além dos nomes apelativos, UOL reuniu algumas curiosidades das eleições deste ano:
Super-heróis na disputa
É preciso de força para encarar as eleições, não é? Para 58 candidatos, é praticamente tarefa de super-herói: 19 como Hulk, 12 como Wolverine, nove como Homem-Aranha, sete como Batman, quatro como Homem de Ferro e três como Superman. Além disso, quatro candidatas se apresentam como "Mulher Maravilha".
Nada puritanos
Os candidatos também recorreram a nomes de conotação sexual. Ao todo, 25 constam como "ticão", nove levam "piroca" no nome que vai aparecer na urna e um incluiu "xoxota".
Remédio para a política
Dois candidatos adicionaram "cloroquina" ao nome que vai aparecer na urna. É uma mulher, do Rio de Janeiro, e um homem, da cidade de Varre-Sai (RJ), a 373 km da capital fluminense.
Ó, coitado
Na briga pelo cargo de vereador, dois candidatos se apresentam como "coitado". Um deles colocou no diminutivo e vai aparecer como "coitadinho". Eles são de Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais. Além disso, duas pessoas vão aparecer nas urnas como "tadinho".
Emergência sanitária
Há ainda quem usa palavras depreciativas na campanha, como bosta e merda. Há dois candidatos na primeira situação e um na outra. Todos são do interior de São Paulo.
Baracks e Trumps
Há quem prefira deixar claro quem apoia: 163 levam o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto 88 colocaram o nome do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Outros três fizeram referência ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Além disso, há 15 candidatos com o nome do ex-presidente norte-americano, Barack Obama.
1 candidato para cada 12 mil habitantes
Três capitais do país vão ter 16 candidatos disputando as eleições: Belo Horizonte, Goiânia e Curitiba. Já Porto Velho tem 15 pessoas na briga pela cadeira. Fora das capitais chama a atenção Nova Friburgo (RJ), cidade na região serrana com população estimada de 191 mil pessoas. Lá, 16 pessoas concorrem a prefeito, o que equivale a um candidato para cada 11,9 mil habitantes.
'Los gringos' nas eleições
Os estrangeiros também brigam por um cargo: ao todo 2.701 participam das eleições. A maior parte (97%) é brasileiro naturalizado, seguido dos declarados estrangeiros (2%) e portugueses com igualdade de direitos (1%). Na lista é possível identificar ao menos 30 portugueses, 22 paraguaios, 20 libaneses, 18 bolivianos, 14 peruanos e 13 argentinos. O estado de São Paulo concentra o maior número de políticos de fora (535), seguido de Minas Gerais (344) e Bahia (225).
Meu corpo, minhas regras
São 159 pessoas que informaram nome social e, por isso, são consideradas transexuais ou travestis. Não há dados em relação a 2016 sobre nomes sociais, o que impede a comparação.
No altar
Mais da metade dos candidatos são casados, seguido dos solteiros (37%), divorciados (8,39%) e viúvos (1,9%).
Suor
Há nada menos que 243 profissões diferentes entre os candidatos a prefeito, vice e vereador. A opção "outros" é a que prevalece. Na sequência, constam os agricultores (mais de 37 mil), servidores públicos municipais (mais de 35 mil), empresários (32 mil) e comerciantes (mais de 30 mil candidatos).
Letramento
A maior parte dos candidatos tem ensino médio completo —são mais de 209 mil. Na sequência, o maior número é daqueles que têm ensino superior (pouco mais de 133 mil). Na outra ponta, constam 20 analfabetos, o que não é permitido por lei.
Nada, nada
Há aproximadamente 213 mil possíveis prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que afirmaram não ter qualquer patrimônio. Isso representa um percentual de 38,8%, ou seja, de cada cinco candidatos, dois dizem não ter bens. Quatro anos atrás, quando o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) registrou 496.927 candidaturas, o percentual dos sem-patrimônio foi de 36%.
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