No rádio, Russomanno relembra derrotas anteriores; Covas cita câncer
O horário eleitoral no rádio começou nesta sexta-feira (9) com os candidatos à Prefeitura de São Paulo se apresentando e reforçando suas biografias.
Líder nas pesquisas, Celso Russomanno (Republicanos) ressaltou a ligação com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e relembrou derrotas em pleitos anteriores atacando quem o derrotou. Candidato à reeleição, o prefeito Bruno Covas (PSDB) preferiu relembrar que, desde que assumiu o cargo, enfrentou uma série de crises e o tratamento de um câncer.
Russomanno cita Bolsonaro
"Nessas eleições, eu me apresento não para pedir uma nova chance, mas para pedir uma chance para São Paulo", disse Russomanno, que atacou PT e o governador paulista, João Doria (PSDB).
"São Paulo melhorou com o PT, melhorou com o Doria?", lembrando os adversários que derrotaram sua campanha em 2012 e 2016, respectivamente.
Russomanno também lembrou que Fernando Haddad (PT), vencedor há 8 anos, tem a segunda pior avaliação entre os paulistanos.
"O que São Paulo precisa é de um candidato que tenha apoio do presidente da República", disse Russomanno. Ele diz que, "junto com Bolsonaro" quer cuidar de todos os cidadãos.
Covas cita crises enfrentadas
Já o programa de Covas —candidato que sucedeu Doria em 2018— ressaltou que, desde abril daquele ano, ele lidou com o desabamento de um edifício, problemas em pontes, greve dos caminhoneiros e até questões pessoais, como um câncer e que deu "transparência ao tratamento".
Por fim, lembrou que, com a pandemia do novo coronavírus, ele se mudou para a sede da prefeitura. Tudo isso para ressaltar o slogan "força, foco e fé". Covas tem o maior tempo no horário eleitoral.
Boulos não vai ao ar de manhã
O programa de Guilherme Boulos (PSOL) não foi transmitido nesta manhã. Consultada, a campanha dele não se manifestou sobre o que teria acontecido. Porém, no horário da tarde, ele foi exibido. Com apenas 17 segundos, apostou em um jingle em ritmo de funk para exaltar a parceria entre Guilherme Boulos e a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina, vice da chapa.
Com a letra repetindo diversas vezes que "o Boulos chegou, Erundina voltou", a música lembrava a campanha dos candidatos, que pregam a "coragem para virar o jogo".
França apresenta proposta
O ex-governador Márcio França (PSB) apostou em sua proposta de criar um programa que pagará R$ 600 para as pessoas que dependem do auxílio emergencial.
No plano de governo do candidato, a proposta é que elas trabalham três vezes por semana por seis horas diárias em atividades ligadas sobretudo à área de zeladoria. Para ele, "não basta mudar o prefeito, mas mudar a prefeitura".
Tatto desconhecido
Já o PT brincou com o fato de o seu candidato, Jilmar Tatto, ainda ser desconhecido. A campanha simulou um programa de rádio em que uma ouvinte pedia uma música do Tatto. "Tatto?", respondeu o locutor. A música é o jingle da campanha que ressalta programas do partido em suas gestões à frente da prefeitura paulistana. Com seu candidato com 1% das intenções de voto na última pesquisa do Datafolha, o PT aposta suas fichas no horário eleitoral para mudar o cenário.
Além de Boulos, também não foi transmitido o programa de Arthur do Val (Patriota), o Mamãe Falei, de manhã. Mas, no horário da tarde, houve a veiculação normal.
O programa de Orlando Silva (PCdoB) usou a voz de Leci Brandão, cantora e deputada estadual pelo partido, para a leitura de um discurso que reforça a desigualdade racial na sociedade. Joice Hasselmann (PSL) e Andrea Matarazzo (PSD) se apresentaram ao eleitorado.
Outros candidatos, como Marina Helou (Rede), Vera Lúcia (PSTU), Levy Fidelix (PRTB) e Antonio Carlos (PCO) não têm direito a espaço no horário eleitoral.
No rádio, o horário eleitoral tem dois horários, às 7h e às 12h. Na televisão, as exibições serão às 13h e às 20h30. O período de propaganda na mídia termina em 12 de novembro, três dias antes do primeiro turno, marcado para o dia 15.
* Com colaboração de Felipe Oliveira, colaboração para o UOL, em São Paulo
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