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Sou aliado do presidente Bolsonaro, mas não alienado, diz Francischini

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/10/2020 10h45

"Eu não sou um alienado do presidente [Jair] Bolsonaro, sou aliado, defendo o governo, defendo as pautas, mas tem coisa que eu não concordo", disse Fernando Francischini (PSL), candidato à Prefeitura de Curitiba. A declaração foi dada depois que o candidato foi questionado sobre episódio em que o vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), foi encontrado com dinheiro escondido na cueca.

O candidato ainda afirma que "não tem o mínimo de constrangimento" com a situação. "A democracia não vive de alienados, como era com Lula", disse. Durante a sabatina do UOL, em parceria com a Folha de S.Paulo, Francischini ainda disse que se posiciona quando discorda do atual governo.

Apoio do presidente

Francischini também foi questionado sobre apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em sua campanha. O candidato à Prefeitura de Curitiba diz "compreender totalmente" a posição do presidente de não participar diretamente das campanhas.

"Como aliado, eu quero o melhor para o país, e o melhor para o país é o presidente agora ter uma distância das eleições municipais para não rachar sua base", disse.

Francischini também diz ter os mesmos princípios e valores que o presidente em relação à defesa da família e liberdade econômica. "Não preciso ter a participação direta do presidente, tenho um alinhamento do que eu penso e isso é o suficiente para mim", explicou.

Recuperação da economia e transporte coletivo em Curitiba

O candidato fala em recuperação das empresas pós-pandemia e auxílio emergencial para a população. Ele propõe um "grande Refis" em janeiro de IPTU e ISS, e acordos para limpar os nomes das micro, pequenas e médias empresas da cidade.

"Vou criar o auxílio emergencial municipal para complementar a diferença que o governo federal não vai conseguir manter", prometeu. Segundo ele, o auxílio será feito através de um cartão, que poderá ser usado no bairro que a pessoa mora.

Francischini também acusou Rafael Greca (DEM), atual prefeito, de repassar R$120 milhões para empresas de transporte coletivo. "Um socorro emergencial somente para as empresas de transporte coletivo, multimilionários da cidade", explicou.

Ele diz estar havendo uma fuga de passageiros e afirma que a passagem em Curitiba é uma das mais caras do Brasil. Sobre o assunto, ele afirma que será possível diminuir a tarifa do transporte coletivo e promete finalizar a obra da Linha Verde.