Matarazzo critica Covas e diz que não se preocupa em ganhar eleição
Candidato à Prefeitura de São Paulo, Andrea Matarazzo (PSD) disse que a gestão do atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), fez "fonte luminosa de R$ 100 milhões" do Vale do Anhangabaú, na região central da capital, mas não foi capaz de fazer nem um metro de corredor de ônibus. A fala ocorreu durante entrevista ao SBT, na tarde de hoje.
"Essa gestão atual não fez nem um metro de corredor, mas fez uma fonte luminosa de R$ 100 milhões no Anhangabaú", criticou Matarazzo, referindo-se à obra de remodelação no centro da capital paulista. A data de conclusão da obra, orçada em R$ 93,8 milhões, foi remarcada para o próximo dia 30.
Atualmente, Andrea Matarazzo aparece em pesquisas com 2% de intenções de voto na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Russomanno aparece numericamente à frente, mas em empate técnico com Bruno Covas, dentro da margem de erro.
Questionado sobre os números, o candidato desconversa. "Em primeiro lugar, as pessoas estão preocupadas neste ano —um ano atípico— com a saúde, se manterem vivas e não terem problemas com o coronavírus. Em segundo lugar, elas estão preocupadas com empregos. Acho que o pessoal vai começar a pensar na eleição muito perto da eleição. Eleição se define no dia", disse ele, ressaltando ainda não estar preocupando em ganhar a disputa eleitoral. "Ganhar é a penas o resultado final, mas a minha preocupação não é essa, é resolver os problemas de São Paulo, que eu não estou vendo propostas para isso. Vou continuar discutindo a cidade, problemas e soluções", pontuou.
"Rampa antimendigo"
Durante a entrevista, o candidato se irritou também com uma pergunta sobre a instalação das chamadas "rampas antimendigo", ocorridas na gestão do prefeito José Serra (PSDB), quando Matarazzo ocupava o cargo de subprefeito da Sé.
Na época, a prefeitura instalou rampas de concreto "antimorador de rua" em uma das extremidades da avenida Paulista, na passagem subterrânea que leva à Doutor Arnaldo. O piso era chapiscado, tornando-o mais áspero e incômodo para quem tentasse dormir no local, conforme reportagem do jornal Folha de S.Paulo..Matarazzo justificou o grande número de assaltos e ponto de droga para a instalação das rampas.
Questionado, na tarde de hoje, o candidato se irritou com a pergunta. "Não, é claro que não esqueci, mas vamos colocar as coisas direito. Quiseram politizar o assalto, politizar uma coisa que eram os arrastões, o que estava acontecendo. Basta ver os boletins de polícia na época", respondeu.
"Obviamente, tudo que for necessário ser feito para evitar violência contra a população de São Paulo eu farei, independentemente de quem criticar. Porque você sabe que muitas vezes a crítica não é pela ação em si, é pelo ciúmes ou para fazer politicagem", completou, em seguida.
"Piada pronta": relação atual com Doria
Em 2016, ao deixar o PSDB, Matarazzo chamou o então pré-candidato a prefeito de São Paulo, João Doria Jr., de "piada pronta". Questionado sobre a sua relação atual com Doria, Matarazzo desconversou.
"Eu tenho uma relação com João Doria nos últimos 40 anos e nunca mudou. Ele me respeita, eu respeito ele. Sendo prefeito de uma cidade como São Paulo, independentemente do aspecto pessoal. Você tem que preservar e ter uma ótima relação institucional, não só com o governador, mas com o governo federal. A prioridade é o bem-estar da população das pessoas. Não dá para ficar fazendo disputa política em cima do interesse da população", disse ele.
Falta de debates na TV
Matarazzo aproveitou o final da entrevista para agradecer a emissora pelo espaço e protestar contra a falta de debates nas TVs, nas eleições deste ano.
Segundo o colunista do UOL Mauricio Stycer, Globo, SBT, Record e CNN Brasil cancelaram os encontros por falta de acordo com partidos políticos. Já a TV Cultura confirmou o seu debate para o dia 12 de novembro.
"Acabaram os debates, então os candidatos que não são celebridades de TV ou não são políticos profissionais no cargo, ficam sem espaço para poder defender suas idieas, inclusive, como acabei fazendo [aqui], sobre os mal entendidos que podem ter sobre as nossas propostas", ressaltou.
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