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Gestão Marchezan em Porto Alegre é "um conflito permanente", diz Paim

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/10/2020 15h45

Vice-prefeito de Porto Alegre e candidato do PP à prefeitura, Gustavo Paim classificou gestão do atual mandatário na cidade, Marchezan Júnior (PSDB), de autocrática e sem diálogo.

"[A gestão Marchezan é] Uma instabilidade, uma beligerância, um conflito permanente, e isso prejudica o cidadão", disse durante sabatina do UOL, em parceria com a Folha de S.Paulo, transmitida hoje.

"De maneira geral, brigou com a cidade de Porto Alegre e gerou uma decepção", afirmou ao colunista do UOL Leonardo Sakamoto e à jornalista da Folha Paula Sperb.

Segundo o candidato, em 2016, ele e o atual prefeito fizeram uma campanha em que pediram o voto de confiança da população.

"Um dos nossos primeiros itens do plano de governo era diálogo, e o prefeito, por um perfil dele, mais autocrático, menos democrático, de não gostar muito da participação da sociedade geral, se fechou e fez uma administração mais de gabinete, muito mais fechada e com menos participação social", declarou.

Sobre o processo de impeachment de Marchezan, Paim disse que é 'mais uma demonstração da relação que o prefeito teve com todos os partidos, com a câmara dos vereadores e com a população no geral'.

Na última pesquisa Ibope, o vice-prefeito apareceu com 1% das intenções de voto.

Gestão durante a pandemia

Quando questionado sobre a gestão na cidade durante a pandemia, Paim afirmou acreditar que Porto Alegre ficou com a economia paralisada por muito tempo.

"Ao longo desses 7 meses de pandemia, Porto Alegre esteve com sua economia fechada mais de 4 meses. E a instabilidade nesse abre e fecha é algo que eu questiono muito", afirmou.

O candidato disse questionar o abre fecha já que, segundo ele, entre outros fatores, obras privadas não foram liberadas, mas obras 'cosméticas' da prefeitura, seguiram normais.

"Essa instabilidade, esse abre e fecha, esse pode não pode, essa falta de segurança e de orientação agravou, na minha visão, o que a pandemia já gerou de crise social e econômica", falou.

"A ausência de uma condução estável, de uma liderança com mais segurança e estabilidade, agravou a crise econômica e social de Porto Alegre", disse.