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Schelp: Apoio de Lula ajuda Tatto, mas não a ponto de pensar em 2º turno

Colaboração para o UOL, de São Paulo

22/10/2020 21h50

A associação da imagem do petista Jilmar Tatto, candidato pelo PT à Prefeitura de São Paulo, com o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxe ganhos que já podem ser percebidos na pesquisa Datafolha divulgada hoje, avalia o colunista do UOL, Diogo Schelp, no podcast Baixo Clero #62.

"Praticamente todas as inserções de Jilmar Tatto têm vídeos do Lula pedindo votos para ele. A partir do momento em que ele começa a ser identificado e entendido pelo eleitorado como alguém tem um apreço com Lula, como o candidato do Lula, está tendo esse efeito", analisa. (Ouça a partir do minuto 3:47)

Contudo, o candidato ainda vê distante a possibilidade de ir ao segundo turno, afirma Schelp, que participa do podcast ao lado de Carla Bigatto e Carolina Trevisan.

"Isso é interessante porque [Celso] Russomanno tem uma votação muito grande na periferia, entre o eleitorado com a renda mais baixa, que é também o eleitorado que Jilmar Tatto visa", diz. "A impressão que se tem é que essa queda do Russomanno está se pulverizando em todos os candidatos", disse. (Ouça a partir do minuto 4:40)

"Essa ajuda [de Lula] está tendo efeito, mas não efeito suficiente para atingir o potencial que [o PT] supostamente teria, considerando eleições passadas." (Ouça a partir do minuto 5:30)

A pesquisa Datafolha traz uma queda nas intenções de voto em Celso Russomanno (Republicanos). O candidato perdeu sete pontos percentuais desde a última pesquisa, de 8 de outubro. Segundo Carolina Trevisan, colunista do UOL, essa queda já era esperada.

"A gente já tinha antecipado esse cenário há algumas semanas. O voto nele não é consolidado, não é consistente para manter sua chegada ao segundo turno. Outra questão tem a ver com o eleitorado bolsonarista, que também passou a se dividir nesse processo. A subida da Joice [Hasselmann] e do Mamãe Falei [Arthur do Val] mostram que também os bolsonaristas não têm certeza do voto em Russomanno, e isso enfraquece o candidato, além de não ser bom para o presidente Bolsonaro", disse. (Ouça a partir do minuto 2:39)

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