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Com R$ 9 mi, Covas arrecada mais que seus 3 principais adversários somados

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

26/10/2020 12h19

A primeira prestação de contas dos candidatos a prefeito de São Paulo apontou que Bruno Covas (PSDB) conseguiu uma receita maior que seus três principais adversários somados. Os partidos tinham até ontem para informar toda movimentação financeira ocorrida até 20 de outubro.

De acordo com os dados apresentados à Justiça Eleitoral ontem, o tucano, que disputa a reeleição, arrecadou quase R$ 9,1 milhões até o momento. Juntos, Celso Russomanno (Republicanos), Guilherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB) têm cerca de R$ 6,4 milhões.

Principal oponente de Covas segundo as últimas pesquisas, Russomanno (Republicanos), tem cerca de R$ 745,4 mil.

Apesar de dizer que possui "pouca estrutura" e "pouco dinheiro", a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) é a terceira que mais arrecadou até o momento. Ela conseguiu mais de R$ 3,2 milhões.

Entre Covas e Boulos, aparece Jilmar Tatto (PT), que não tem aparecido entre os primeiros colocados nas pesquisas. O petista já tem mais de R$ 4,8 milhões em receitas, ficando em segundo entre os que mais arrecadaram.

Quarto colocado nos levantamentos de intenção de voto, Márcio França (PSB) também é o quarto em arrecadação. O ex-governador paulista tem quase R$ 2,5 milhões para sua campanha.

Dinheiro de Covas

Dos cerca de R$ 9,1 milhões obtidos pela campanha do tucano, R$ 7,7 milhões vieram de três partidos: PSDB, Podemos e MDB.

O PSDB repassou R$ 5 milhões por meio da direção nacional. Já o Podemos entregou R$ 2 milhões à campanha. O MDB, que ocupa a posição de vice na chapa de Covas com o vereador paulistano Ricardo Nunes (MDB), pagou R$ 750 mil.

Entre os doadores individuais que repassaram as maiores quantias está Jorge Mitre, fundador do Hospital de Olhos. Ele destinou R$ 230 mil ao tucano.

Na sequência, com R$ 200 mil cada, aparecem Rubens Ometto Silveira Mello, presidente do Conselho de Administração da Cosan, José Roberto Lamacchia, proprietário da Crefisa, e José Ricardo Rezek, dono do Grupo Rezek.

Só do partido

Russomanno e Tatto não apresentaram outras fontes de arrecadação que não fossem seus próprios partidos.

O petista recebeu cerca de R$ 4,8 milhões da direção nacional. Outros R$ 18,9 mil vieram do diretório municipal. E R$ 7,8 mil, do deputado estadual Jorge do Carmo (PT-SP), que é tesoureiro da campanha de Tatto.

Já Russomanno teve como receita R$ 500 mil do diretório estadual do Republicanos e cerca de R$ 245 mil do municipal.

Vaquinha para Boulos

Na semana passada, Boulos disse, em transmissão nas redes sociais, que sua candidatura tem sido feita "na garra, na raça". "E toda pesquisa a gente cresce, mesmo com pouco tempo de televisão, mesmo com pouco dinheiro".

Mas a prestação de contas apontou que ele arrecadou R$ 3,2 milhões, dos quais R$ 2,7 milhões vieram do diretório municipal.

Outros R$ 427 mil são provenientes de financiamento coletivo. Boulos é o candidato que mais arrecadou verbas na modalidade. Quem chegou mais perto foi Arthur do Val (Patriota), com R$ 205 mil.

França, por sua vez, tem sua campanha abastecida principalmente por verbas dos partidos de sua coligação. O PSB paulista destinou R$ 1,9 milhão e o PDT nacional, R$ 500 mil.

A prestação de contas final deverá ser apresentada até 30 dias após a eleição, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).