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Reações ao Ibope: Covas se diz satisfeito e rivais se colocam no 2º turno

5.out.2020 - Bruno Covas (PSDB) visita o Hospital Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, na zona sul de São Paulo  - RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
5.out.2020 - Bruno Covas (PSDB) visita o Hospital Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, na zona sul de São Paulo Imagem: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

30/10/2020 20h50Atualizada em 30/10/2020 21h03

A pesquisa Ibope para a Prefeitura de São Paulo de hoje mostrou Bruno Covas (PSDB) numericamente na frente, com 26%, e sinalizou uma disputa entre três nomes pela outra vaga no segundo turno. As campanhas de Celso Russomanno (Republicanos), Guilherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB) brigam para avançar e pregam o otimismo.

Russomanno foi de 25% para 20%, oscilação além da margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Mas o discurso se concentra na metade cheia do copo. O marqueteiro Elsinho Mouco disse que a pesquisa confirmou o primeiro objetivo da chapa: ir ao segundo turno.

"Continuamos firmes na luta de estarmos entre os dois primeiros. Pelos nossos números, estamos empatados com BrunoDoria em primeiro", diz, citando o apelido que a campanha quer colar no atual prefeito associado com o governador João Doria.

O Ibope também apontou que Russomanno tem o maior índice de rejeição entre os quatro primeiros na disputa, 38%. A campanha dele minimizou o fato e disse que o problema pode ser tratado no segundo turno.

Guilherme Boulos passou de 10% para 13% no Ibope. A equipe de campanha do candidato do PSOL enviou uma nota afirmando que é a única chapa com chances de segundo turno que pode bater o afilhado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o aliado do governador de São Paulo.

"A pesquisa Ibope confirma mais uma vez o nosso crescimento e que somos a única candidatura capaz de chegar ao segundo turno e derrotar Covas e Russomanno, representantes do BolsoDoria em São Paulo."

Márcio França é, por enquanto, o último dos postulantes ao segundo turno. Ele foi de 7% a 11%. Sua equipe considera que há condições de avançar ao segundo turno. O coordenador de campanha, Anderson Pomini, declarou que entre os principais nomes é o que tem menor rejeição.

Em sua avaliação, Russomanno está desidratando e há votos para serem conquistados nas periferias. Em relação a Boulos, Pomini disse que o candidato do PT, Jilmar Tatto, deve tirar votos do concorrente —Tatto começou com 1% e agora tem 6%. Este movimento diminuiria a votação do candidato do PSOL.

Covas esperava liderança

Candidato a reeleição, o prefeito Bruno Covas aparecia em segundo lugar numericamente na pesquisa anterior. Mas, ao longo da semana, sua equipe já dizia que números internos e outras pesquisas davam o nome dele na frente. A subida de 22% para 26% confirmou a expectativa. Coordenador da campanha, Wilson Pedroso usou a palavra satisfação para definir o resultado.

"Estamos apresentando um crescimento consistente e contínuo. Rejeição baixa, crescimento em todas as regiões, todas as faixas de renda."

Principal alvo de ataques dos adversários, Covas tem considerado isso natural e esperado por estar bem nas pesquisas. "Nós recebemos este resultado com muita alegria, mas também com muita humildade. Isso só aumenta nossa vontade de trabalhar pela cidade de São Paulo e nós vamos continuar na nossa estratégia de fazer uma campanha limpa e propositiva", afirmou.