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Boulos fala em 'jogo desigual' na disputa em SP: 'É Davi contra Golias'

05 nov. 2020 - Guilherme Boulos (PSOL) cumpre agenda com eleitores em lanchonete na Mooca, zona leste de São Paulo - YURI MURAKAMI/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
05 nov. 2020 - Guilherme Boulos (PSOL) cumpre agenda com eleitores em lanchonete na Mooca, zona leste de São Paulo Imagem: YURI MURAKAMI/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/11/2020 21h18

Em entrevista ao programa "Brasil Urgente", da Band, o candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) analisou as pesquisas de intenção de voto e apontou um "jogo desigual" na disputa.

Segundo a pesquisa Datafolha de hoje, Boulos empata na segunda colocação (14%) com Celso Russomanno (Republicanos), com 16%, e com o ex-governador Márcio França (PSB), com 13%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.

"Acredito muito que esses próximos dez dias serão de virada em São Paulo. Vamos conseguir levar para o segundo turno um projeto que não seja nem um puxadinho do Doria, nem do Bolsonaro", disse Boulos, referindo-se aos candidatos Bruno Covas e Celso Russomanno.

Boulos acrescentou que há um "jogo desigual" por ter apenas 17 segundos de propaganda política na televisão, mas ressaltou que está confiante.

"É Davi contra Golias. Temos menos tempo de televisão, não temos máquina, não temos grana, mas estamos fazendo uma campanha bonita. Fiquei contente com a pesquisa e acho que ela expressa uma virada para o dia 15 de novembro."

Questionado por Datena qual seria o adversário mais difícil, com exceção de Bruno Covas, isolado na liderança com 28%, Boulos fez críticas a Celso Russomanno e Márcio França.

"A gente não escolhe adversário, mas o Russomanno é o cara que se vendeu como quem defende o direito do consumidor e estava humilhando caixa de supermercado. É justamente essa capivara dele que está fazendo ele cair. O Márcio França é uma boa pessoa, mas precisa se decidir... Na vida é preciso ter lado. Foi vice do Alckmin, apoiou o Doria em 2016, brigou com o Doria, começou a dizer que era da esquerda, procurou o Bolsonaro. Não dá para ser biruta de aeroporto na política", concluiu.