Na reta final, França chama Ciro e mira voto nordestino
O candidato a prefeito Márcio França (PSB) estreou a reta final da campanha em um evento do PDT com a presença de Ciro Gomes na manhã desta segunda (9). A uma semana da eleição, ele fala em otimismo para a chegar ao segundo turno e começou a mirar no voto nordestino.
Quando chegaram ao galpão na zona oeste de São Paulo, França e Ciro não foram recebidos por bandeiras da cidade ou estado de São Paulo, mas dos nove estados nordestinos. No encontro, ambos repetiram que São Paulo é "a maior cidade nordestina do país".
"Estávamos falando da questão dos nordestinos que venceram a partir daqui. A gente quer que essas pessoas que vieram na luta tenham paz no coração", declarou o candidato, ao lado de Ciro.
França fez diversos afagos à chapa com o PDT, do candidato a vice Antonio Neto, e chamou Ciro de "liderança nacional".
O ex-candidato a presidente, que até então não tinha aparecido na campanha, devolveu os elogios. "Governou o grande estado de São Paulo e até o mais azedo dos adversários há de reconhecer que se saiu com seriedade e competência", disse o pedetista.
França também ressaltou seu crescimento nas pesquisas. No último Datafolha, do dia 5, ele havia subido para 13%, tecnicamente empatado com Celso Russomanno (Republicanos), com 16%, e Guilherme Boulos (PSOL), com 14%. Segundo ele, no entanto, pesquisas internas já o colocam a frente de Boulos e agora mira Russomanno.
"Todo mundo sabe que um dos candidatos é sucessor do [governador João] Doria. Na disputa [ao governo do estado] aqui em São Paulo, eu tive pouco mais de 3 milhões de votos. Por isso eu falo que, para vencer o 45, é o 40."
França deu uma passada rápida, o evento era do PDT. Ciro seguiu com a militância. Entre as diversas metáforas, também recorreu à eleição americana. Falou que preferia o pré-candidato derrotado Bernie Sanders, mas entende a escolha por Joe Biden, que derrotou Donald Trump.
"Tem que ver que tem a possibilidade de ganhar. Nem tanto ao mar nem tanto à terra", falou Ciro, que chamou a aliança da "nova esquerda no Brasil".
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