Manuela D'Ávila é chamada de "patricinha mimada" em ataques de adversário
A candidata à Prefeitura de Porto Alegre Manuela D'Ávila (PCdoB) foi novamente atacada pelo adversário Rodrigo Maroni (PROS) em debate hoje organizado pela Rádio Gaúcha.
Em outubro, o político já a havia chamado de traidora e "sonsa" em embate na Band. Os ataques de Maroni, em meio a perguntas a outros candidatos, acabaram rendendo dois direitos de resposta para Manuela.
A primeira situação ocorreu quando Maroni fez uma pergunta para Juliana Brizola (PDT). O político começou dizendo que as mulheres eram importantes na vida dele, mas que era preciso diferenciar as mentirosas daquelas que falam a verdade. Após Juliana responder, Maroni salientou que Manuela "mentia e dissimulava" e acrescentou que a candidata inclusive processou a pedetista.
Minutos depois, Manuela ganhou direito de resposta e disse que "o conjunto de acusações" contra ela vão ser discutidas na Justiça, em audiência em dezembro.
Acrescentou ainda que na sexta-feira passada derrubou mais de 520 mil notícias falsas. "O que será que temem? Temem uma mudança na cidade. Chega de mentira, ataque, é hora de baixar a cabeça e trabalhar pela cidade", complementou ela.
A segunda situação ocorreu na última pergunta do primeiro bloco. O atual prefeito e candidato à reeleição, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), questionou Maroni sobre o que faria pela causa animal, já que é a bandeira que levanta. O político praticamente não respondeu a pergunta e começou novamente a atacar Manuela.
Ele disse que a candidata era "filha de juiz", mas não poderia interromper o debate —o direito de resposta foi autorizado pelo jurídico do Grupo RBS, ao qual pertence a Rádio Gaúcha. Em seguida, o político disse que a campanha de Manuela é a que arrecadou mais recursos até agora e fez referência à live de Caetano Veloso.
"Tu é patricinha mimada, poderia estar comprando bolsa no shopping. Se eu fosse abrir a boca, eu não acabaria com a carreira, mas com tua vida, Manuela", disse o candidato.
Marchezan voltou a falar, mas não entrou no embate. Em seguida, na réplica houve novo ataque de Maroni. "Eu queria só reafirmar, não contei 5% da Manuela. Só não conta mais em consideração a tua filha." Em seguida, disse que foi ameaçado no debate da Band.
No segundo direito de resposta, Manuela classificou os ataques de Maroni como "violência de gênero". Em seguida, a candidata lembrou que Maroni "forjou um atentado" contra ele e que o político "vive de dinheiro público".
O debate foi para o intervalo e, na volta, a candidata Fernanda Melchionna (PSOL) saiu em defesa de Manuela. "Divergência política é uma coisa, machismo é outro. Porto Alegre não merece essa baixaria."
Marchezan também não foi poupado dos ataques. O candidato Valter Nagelstein (PSD) questionou o adversário se, caso ocorresse uma segunda onda de coronavírus na cidade, novamente fecharia o comércio.
O tucano disse que a cidade estava preparada e que em Porto Alegre foram salvas mais vidas em relação ao resto do mundo. Ao voltar a falar, Nagelstein disse que o atual prefeito "exterminou" as empresas da cidade e que não respondeu a pergunta anterior.
Por último, Marchezan salientou que fez "processo qualificado" durante a pandemia.
Também houve embate entre Marchezan e Manuela. O atual prefeito disse que ela "deveria se informar melhor" ao falar, mas a política não deixou barato e lembrou que Marchezan reduziu em meio às eleições a passagem de ônibus em R$ 0,15. "Eu não quero ser prefeita de 15 dias, mas de quatro anos."
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