"Vocês perseguem Bolsonaro e estão me perseguindo por isso", diz Russomanno
Candidato a prefeito de São Paulo, o apresentador Celso Russomanno (Republicanos) mostrou irritação com as perguntas da imprensa sobre sua queda nas pesquisas de intenção de voto. Questionado sobre a relação entre sua queda no Datafolha e o apoio recebido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Russomanno afirmou ser perseguido pela imprensa.
"Vocês perseguem o presidente Bolsonaro e estão me perseguindo por ser alinhado a ele", afirmou o candidato, irritado. "Vocês já estão apelando!"
Embora tenha conseguido adiar a divulgação da última pesquisa Datafolha de intenções de voto, a censura caiu e o levantamento foi publicado hoje. Nele, Bruno Covas (PSDB) sobe a 32%, Guilherme Boulos (PSOL) marca 16% e Russomanno mantém curva descendente, agora com 14%.
Segundo o candidato, ele não questiona as pesquisas eleitorais, mas "a metodologia" utilizada, embora não tenha entrado em detalhes sobre os supostos equívocos.
"Estamos acompanhando pesquisas na periferia e estou muito forte", disse. "Estaremos no segundo turno."
Russomanno insiste em fake news contra Boulos
Apesar de a Justiça Eleitoral mandar tirar do ar um vídeo em que um bolsonarista acusa sem provas a campanha de Boulos de contratar empresa fantasmas, Russomanno (Republicanos) insistiu hoje na denúncia e divulgou um vídeo em que ele mesmo vista os endereços sob suspeita.
O assunto apareceu no debate de ontem do UOL/Folha, quando Russomanno citou o vídeo publicado pelo blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que já foi preso em investigação do inquérito das fake news.
Depois da polêmica, Russomanno, que é conhecido por seu programa sobre direitos do consumidor, gravou um vídeo como na TV. Ele visitou os endereços das produtoras Kyrion Consultoria e a Filmes de Vagabundo. A primeira foi contratada pela campanha de Boulos por R$ 500 mil e a segunda por R$ 28 mil.
Ele reforçou a denúncia embora a Justiça Eleitoral tenha mandato tirar o vídeo de Eustáquio do ar porque "não se encontra lastro nem sequer em indícios [...] permitindo-se, sem temor, ser adjetivado de sabidamente inverídico, extravasando o debate político-eleitoral", segundo escreveu em despacho o juiz eleitoral Emílio Migliano Neto.
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