Candidato a prefeito em GO se envolve em confusão e é acusado de sacar arma

O candidato à prefeitura de Planaltina de Goiás delegado Cristiomário (PSL) envolveu-se em um confusão na tarde de hoje, após deixar um colégio no setor leste da cidade. Ele foi acusado por uma moradora de ter sacado uma arma.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, o integrante da Polícia Civil de Goiás desce de seu carro e parece tirar uma arma da cintura enquanto caminha em direção a outro veículo. Uma voz de mulher afirma, na gravação: "Tira a arma. Mostra a arma aqui. Mostra a arma", enquanto o candidato sai andando. Ao final do vídeo, a mulher diz "Tira a mão de mim", a câmera chacoalha e a gravação é encerrada. Não fica claro se houve algum tipo de agressão entre os dois.

Acionada, a Polícia Militar de Goiás (PMGO) levou o delegado para o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), onde uma ocorrência foi registrada. Ao UOL, o candidato disse que estava sendo perseguido. Ele disse, ainda, que foi levado à delegacia da cidade, que fez um "boletim de ocorrência" contra a mulher que o filmava e que, posteriormente, apresentará testemunhas das agressões que sofreu.

Candidato disse estar sendo seguido

Segundo o candidato, um grupo de oposição estava o seguindo e seu carro foi fechado mais de uma vez. "Eu comecei a ser perseguido por alguns veículos, desde a primeira escola, só que dessa vez começaram a fechar o meu carro".

Segundo ele, por estar sendo seguido, sacou a arma e colocou no colo, o quer seria um procedimento da polícia. "Eu saquei a arma e fiquei com ela no colo", afirmou.

Ele disse que desceu do veículo com a arma no colo e que reconheceu a mulher que estava em um dos carros. "Eu vi que era essa Milene, eu conheço ela, o pai dela. E vi que não tinha risco, e coloquei a arma na cintura e fui saindo em direção do meu escritório, quando ela e outra pessoas começaram a me segurar, tentando me impedir de entrar", afirmou.

Secretário fala em agressão física

Um dos envolvidos no tumulto, o secretário municipal de Meio Ambiente, João Ludugero, disse que a confusão já havia começado antes das filmagens. Segundo ele, desde o início das votações, o candidato estaria pedindo votos nas zonas eleitorais. "O delegado estava entrando nos colégios e não estava respeitando os fiscais. Pedindo voto, ele mesmo fazendo boca de urna", disse.

Segundo Ludugero, Cristiomário teria entrado no carro e fugido em direção ao diretório do partido, onde o vídeo se inicia. "Chegando perto do escritório dele, a menina filmando ele, e ele até puxou a arma", descreve.

Para garantir que a polícia chegasse com o candidato ainda na rua, João diz que tentou segurar Cristiomário, que lhe deu um soco na cabeça. "Chegou o filho dele e também me deu um murro na boca", afirma.