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Rafael Greca (DEM) é reeleito e comandará Curitiba pela 3ª vez

Vinicius Boreki

Colaboração para o UOL, em Curitiba

15/11/2020 19h46

Rafael Greca (DEM) foi reeleito prefeito de Curitiba com 59,74% dos votos. Será a terceira vez que Greca, 64, comandará a capital paranaense — a primeira foi entre 1993 e 1996, voltando ao cargo em 2016.

Ney Leprevost (PSD), com quem havia disputado o segundo turno na campanha municipal de 2016, abandonou a disputa deste ano após o governador do Paraná, Ratinho Jr (PSD), convidá-lo a assumir a Secretaria de Justiça e Trabalho estadual.

Em consequência da negociação, Eduardo Pimentel (PSD) foi anunciado em setembro como candidato a vice-prefeito ao lado do democrata.

Outros nomes de peso a desistirem foram Luciano Ducci (PSB), que já foi vice-prefeito de Beto Richa (PSDB) e assumiu a cidade por dois anos, e Maria Victoria (PP), cujos partidos também passaram a integrar a coligação de Greca.

Desta forma, o atual prefeito teve mais tempo de televisão do que seus principais adversários, saltando à frente nas pesquisas de opinião.

Em meio à pandemia, a campanha teve um único debate realizado pela Band Paraná. Devido ao número de candidatos (16), a discussão de propostas teve que ser feita em dois dias distintos, com oito candidatos em cada data.

Greca esteve ausente do debate em razão do diagnóstico de covid-19.

Os adversários chegaram a organizar eventos em praças públicas para cobrar a participação de Greca na discussão política e criticaram a "falta de diálogo e de debate de propostas".

Relação com servidores

No segundo mandato, um dos desafios que Greca terá de enfrentar na cidade de quase 2 milhões de habitantes será a relação com os servidores públicos.

A relação é conturbada desde 2017, quando seu governo aprovou um pacote que alterou a contribuição previdenciária e congelou carreiras e reajustes salariais.

O prefeito ainda terá de lidar com as críticas a seu plano de retomada econômica após a reabertura do comércio em meio à pandemia do novo coronavírus.

Ao longo da campanha, seus adversários o atacaram por beneficiar grandes empresários do transporte coletivo, com aportes próximos de R$ 180 milhões, e não ter previsto auxílio a pequenos e médios empreendedores.