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'Nossos adversários são os problemas da cidade, a violência', diz Manuela

15.nov.2020 - A candidata Manuela D"ávila (PCdoB) chega para votar em colégio de Porto Alegre ao lado da filha - Divulgação/Danilo Cristhidis
15.nov.2020 - A candidata Manuela D'ávila (PCdoB) chega para votar em colégio de Porto Alegre ao lado da filha Imagem: Divulgação/Danilo Cristhidis

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em Porto Alegre

15/11/2020 11h07

A ida às urnas da candidata à prefeitura de Porto Alegre Manuela D'Ávila (PCdoB) causou alvoroço hoje no Colégio Santa Inês, no bairro Petrópolis, zona leste da capital gaúcha. A situação aconteceu pela presença de mais de 20 repórteres e cinegrafistas que a acompanhavam.

A imprensa não foi autorizada a chegar perto da sala onde a política votou. Por isso, cinegrafistas e fotógrafos ficaram no corredor, quase no pátio da escola. Praticamente foi formada uma barreira, o que gerou reclamações de eleitores: "Onde está a Justiça Eleitoral para evitar a aglomeração?", questionou uma mulher.

Após sair da sala, Manuela falou à imprensa no pátio, em local aberto. Primeiro, a política foi questionada do adversário ideal. "Nossos adversários são os problemas da cidade. A gente quer enfrentar a falta de vagas nas creches, a falta de trabalho, as mentiras e as violências", observou a candidata, falando de uma série de questões a serem enfrentadas na cidade.

A política demonstrou estar confiante para ir para o segundo turno. "Para mim vai ser melhor, porque vai deixar de ser dez contra um. Vocês acompanharam a verdadeira campanha de ódio contra mim nas redes. Foram mais de meio milhão de notícias falsas que nós derrubamos na justiça."

Manuela reclamou dos ataques de candidatos nos últimos debates sem fazer referência a um adversário específico —Rodrigo Maroni foi um dos mais enfáticos e chegou a chamá-la de sonsa, traidora e "patricinha mimada" que deveria estar comprando bolsa no shopping".

"Vocês acompanharam a violência ao qual fui submetida nos debates e o silêncio de todos os candidatos homens. E isso em público. Imagina toda a violência que as mulheres sofrem nas casas delas? (...) Eu sou a voz de várias mulheres e homens que são vítimas de violência."

Além da equipe de assessores, Manuela estava acompanhada do marido e da filha. Alguns eleitores manifestaram apoio à Manuela no local, gritando seu nome. Por outro lado, uma idosa disse, em voz baixa, quando a equipe estava no lugar: "Vamos embora que a bruxa está lá dentro".