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Bancada progressista é importante para evitar risco com Covas, diz Haddad

Do UOL, em São Paulo

16/11/2020 13h01

Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo (2013-2016), disse hoje em entrevista para o UOL que a bancada do campo progressista na Câmara de Vereadores de São Paulo pode influenciar decisivamente a gestão da cidade, principalmente em caso de vitória de Bruno Covas (PSDB) no segundo turno das eleições contra Guilherme Boulos (PSOL).

"[São Paulo] vai ter uma bancada [progressista] de 30% dos 55 vereadores, uma bancada progressista que é muito importante para evitar os retrocessos de um eventual segundo governo Covas, que já foi muito desastroso do ponto de vista de políticas públicas", afirmou.

A disputa entre Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da eleição municipal de São Paulo gera grande expectativa na bancada progressista da Câmara de Vereadores eleita para a cidade.

O PT empata com o PSDB como o partido que mais elegeu vereadores na cidade em 2020: oito cada. O PSOL vem logo atrás, com seis, empatado com o DEM.

O resultado refletiu uma queda pequena do PT em relação a 2016 (foram nove vereadores eleitos naquele ano), mas um crescimento do PSOL (que elegeu dois vereadores há quatro anos).

Ainda na entrevista, Haddad disse que quer formar um "campo progressista no entorno da candidatura do Guilherme", indicando apoio à candidatura de Boulos e Luiza Erundina (PSOL), vice na chapa. Para ele, é natural a migração de votos entre eleitores de diferentes partidos da esquerda.

"O que eu quero dizer é que o eleitor fez uma conta. Ele não se sente representado pelo Russomanno (Republicanos), pelo Covas (PSDB), pelo França (PSB). Não se sente. Então, o que ele fez? Ele tomou uma decisão de alinhamento. Isso a gente tem que prestar atenção."