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Doria critica Boulos: 'Não invadimos, protegemos propriedades'

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) criticou rival de Covas no segundo turno - Ettore Chiereguini/Estadão Conteúdo
Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) criticou rival de Covas no segundo turno Imagem: Ettore Chiereguini/Estadão Conteúdo

Allan Brito e Rafael Bragança

Do UOL, em São Paulo e Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/11/2020 14h04

Após ficar ao lado de Bruno Covas (PSDB) ontem durante o pronunciamento do prefeito de São Paulo sobre o avanço ao segundo turno na eleição municipal, o governador paulista João Doria (PSDB) criticou hoje o rival de Covas na sequência do pleito. Ao comentar sobre Guilherme Boulos (PSOL), Doria lembrou a trajetória de militância do candidato como líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

"Ainda bem que somos bem diferentes. Nós não invadimos propriedades. Protegemos propriedades. Quero dizer que confio na vitória do Bruno Covas", afirmou Doria durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, que teve como tema principal o combate à pandemia do novo coronavírus no estado.

O governador ainda respondeu a uma pergunta sobre a tentativa de Boulos de associar Covas a Doria, estratégia que se apoia na alta rejeição que o governador vem demonstrando nas últimas pesquisas. Segundo levantamento do Datafolha divulgado no final de setembro, Doria tem sua administração reprovada por 39% das pessoas consultadas.

"Recomendo que o Boulos se concentre na Prefeitura de São Paulo. Ele não está disputando o governo de São Paulo. Se ele entra na disputa para a Prefeitura pensando no governo, tem mais chances de perder do que ganhar", completou Doria sobre o pleito municipal, que tem o segundo turno marcado para 29 de novembro.

Se durante a campanha para o primeiro turno o apoio de Doria a Covas foi considerado discreto, é esperado agora que a relação política dos tucanos se estreite mais. Pesa contra o apoio a rejeição que o governador desenvolveu no estado, principalmente pela oposição que faz ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com quem tem rivalizado nos últimos meses em diversos temas relacionados à pandemia, como medidas de isolamento social e a vacina contra a covid-19.