No ABC, tucanos confirmam hegemonia, mas veem PT "renascer" em Diadema
O primeiro turno das eleições municipais na região do ABC paulista, na Grande São Paulo, confirmou o domínio político do PSDB em Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. O partido já governa os três municípios, que, juntos, têm quase 1,7 milhão de habitantes.
Foram reeleitos neste domingo os prefeitos Orlando Morando (São Bernardo) e Paulo Serra (Santo André). Em São Caetano, onde há menos de 200 mil eleitores e por isso não existe segundo turno, o prefeito tucano José Auricchio Júnior foi o mais votado, mas sua reeleição depende de ele conseguir reverter uma decisão da Justiça Eleitoral que indeferiu sua candidatura.
Apesar de o PSDB confirmar sua hegemonia nas cidades que dão nome ao Grande ABC, o partido sofreu um revés e ficou fora do segundo turno em Diadema. O candidato tucano no município, Ricardo Yoshio, teve apenas 14,65% dos votos.
A disputa final pela prefeitura de Diadema será entre Taka Yamauchi (PSD), que conquistou 15,42% dos votos, e o ex-prefeito José di Filippi (PT), que terminou com 45,65% —um resultado bastante comemorado pelas lideranças petistas na região, que no passado já foi chamada de "cinturão vermelho" por causa das antigas vitórias do partido.
Os tucanos
Em São Bernardo do Campo, maior cidade da região, com 844 mil habitantes, o prefeito tucano Orlando Morando foi reeleito com 67,28% dos votos. Ele tinha como principal rival o petista Luiz Marinho (PT), que terminou na segunda posição, com 23,34%.
Com uma coligação ampla, formada por 17 partidos além do PSDB, Morando devolveu a Marinho uma derrota de 12 anos atrás. Na eleição de 2008, o atual prefeito perdeu o segundo turno da eleição municipal justamente para o petista, que governou São Bernardo de 2009 a 2016.
Em Santo André, que possui 721 mil habitantes, o tucano Paulo Serra conquistou 76,85% dos votos e assegurou mais quatro anos à frente da prefeitura. Ele derrotou oito candidatos. Entre os rivais do atual prefeito, estavam Bruno Daniel (PSOL) —irmão do ex-prefeito Celso Daniel, assassinado em 2002—, a vereadora Bete Siraque (PT), o ex-vereador Ailton Lima (PSB) e o ex-prefeito João Avamileno (Solidariedade).
Já em São Caetano (151 mil habitantes), o atual prefeito José Auricchio Júnior teve 45,28% dos votos. O segundo lugar terminou com o ex-vereador Fabio Palacio (PSD), que teve 32,13%.
Auricchio teve sua tentativa de reeleição indeferida durante a campanha com base na Lei da Ficha Limpa —o tucano foi condenado em duas instâncias por receber doações irregulares no pleito de 2016.
Os advogados de Auricchio conseguiram suspender o processo no TRE-SP, o que manteve o prefeito na disputa deste ano. O caso foi parar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Se ele for considerado inelegível, uma nova eleição terá de acontecer em São Caetano do Sul, obrigando o PSDB a apresentar um novo candidato.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.