Recife: Primos João Campos e Marília Arraes prometem disputa nas ruas
A disputa pelo cargo de prefeito do Recife no segundo turno promete ser acirrada entre os primos João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), que obtiveram 29,17% e 27,95% dos votos, respectivamente, no pleito deste domingo (15). Após a divulgação dos resultados, eles afirmaram que estarão nas ruas para conquistar o voto do eleitor.
Nenhum dos dois candidatos fez pronunciamento ao vivo pela internet, mas após saberem do resultado, ambos publicaram textos destacando a campanha que fizeram.
João Campos e Marília acompanharam a apuração de votos nos comitês junto de correligionários. Na publicação nas redes sociais, Campos agradeceu os votos obtidos e disse estar feliz e honrado com o resultado.
"Os recifenses demonstraram nas urnas a sua confiança. Vamos juntos, caminhando com passos firmes para colocar o nosso melhor, nossa disposição, dedicação e propostas, a serviço do povo recifense", escreveu em um vídeo que mostra imagens dele na campanha no Recife.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Campos disse que o "Recife não vai retroceder."
"É uma história limpa. Como uma pessoa pode escolher entre o futuro e o passado, claro que vai escolher o futuro. Sabe por que a gente fala tanto em futuro? É onde a gente quer viver, vencer os problemas e criar nossa família", disse Campos, afirmando que nesta segunda já estará nas ruas em campanha. "Nós vamos fazer 15 dias intensos de campanha, fazendo porta-a-porta em tudo que é o bairro. Vou estar na rua todos os dias desta eleição."
Marília, por sua vez, escolheu uma foto em tom vermelho, com a estrela do PT em dourado e um coração. A candidata a prefeita do Recife afirmou que o resultado obtido "foi com garra, foi com verdade, foi com o coração e com a força de uma militância que só tem quem carrega o Recife do lado esquerdo do peito."
"Chegamos ao segundo turno. Chegamos juntos e assim vamos continuar porque a luta continua rumo à vitória e a um Recife melhor pra todo mundo. Agora é Marília Arraes", escreveu na imagem.
Marília criticou a permanência do PSB na administração do executivo municipal, que vem ocupando o cargo há oito anos pelo prefeito Geraldo Júlio (PSB), e afirmou que Recife não tem dono.
"Estamos no segundo turno e vamos vencer! Vamos devolver o Recife aos recifenses. Esse resultado foi muito simbólico. Foi um recado para quem acha que o povo do Recife tem dono. A gente mostrou que quem manda no Recife é o povo do Recife. O povo não aguenta mais quatro anos de gestão do PSB", destacou a petista.
Marília afirmou ainda que no segundo turno a eleição será diferente, pois "a primavera do Brasil para se livrar do obscurantismo que ameaça o povo vai começar aqui no Recife." "O Recife está dando um recado para o Brasil que não aceita ser oprimido. Está mostrando que não quer ficar assim e não vai ficar", destacou.
De acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), João Campos obteve 29,17% dos votos, ou seja, 233.038 eleitores votaram nele; já Marília Arraes conseguiu 27,95%, com 223.249 votos.
Disputa em família
João Campos é bisneto e Marília é neta do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, avô do ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em 2014, durante campanha para a presidência da República.
O racha da família Arraes foi oficializado na época que Eduardo se lançou como candidato a presidente e Marília informou que iria votar em Dilma Rousseff (PT). À época, o presidenciável evitou falar na decisão da prima e afirmou que a democracia existe para todos.
João Campos, 26, é engenheiro civil e deputado federal em primeira legislatura. Na campanha para prefeito, ele conta com o apoio do governador do Estado, Paulo Câmara (PSB), e do prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), que não concorre ao cargo por ter sido reeleito.
Marília, 36, é advogada, deputada federal em primeira legislatura e foi três vezes vereadora em Recife. Para disputar a prefeitura, ela desafiou o diretório municipal do PT, que tinha definido apoiar a candidatura de Campos. Marília conseguiu convencer a direção nacional do partido, que anulou a decisão do diretório municipal e teve o nome lançado ao cargo. Ela já foi filiada ao PSB e trocou de partido em 2016.
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