Rio terá mais vereadoras, mas longe de conquistar metade da Câmara
A partir de 2021 as mulheres serão 19% da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Um aumento de 43% em relação às eleições de 2016. Neste domingo (15) foram eleitas dez vereadoras para as 51 cadeiras, ante sete nas eleições anteriores. Até então, elas eram 14% da casa.
Apesar do crescimento, a representação ainda está bastante aquém da participação feminina na população carioca, que é de 52%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A candidata mais votada foi Rosa Fernandes (PSC), que teve 26.409 apoios. Ela foi seguida por Tainá de Paula (PT), com 24.912, e Monica Benício (PSOL), viúva da vereadora Marielle Franco, que recebeu 22.919 votos.
Entre as dez eleitas, duas se declaram pretas e duas, pardas. As demais são brancas.
Essas são as vereadoras eleitas no Rio:
- Rosa Fernandes (PSC)
- Tainá de Paula (PT)
- Monica Benício (PSOL)
- Teresa Bergher (Cidadania)
- Vera Lins (PP)
- Tânia Bastos (Republicanos)
- Verônica Costa (DEM)
- Luciana Novaes (PT)
- Laura Carneiro (DEM)
- Thais Ferreira (PSOL)
Ao todo, 579 mulheres lançaram candidatura para disputar uma vaga de vereadora na cidade, 31,97% do total de candidatos para o Legislativo municipal. A porcentagem é bem menor considerando apenas mulheres pretas: elas representaram apenas 8,28% das candidaturas ao cargo.
Os números se mantiveram estáveis em relação à última eleição, quando 512 mulheres concorreram, 31,44% do total. Pretas eram 9,21%. A porcentagem também permanece próxima ao mínimo de 30% de candidaturas de um mesmo gênero exigido por lei.
Para evitar candidaturas "laranjas" —que não recebem recursos, mas servem para cumprir a cota no papel- a lei ainda determina que reservas do fundo eleitoral e partidário sejam destinadas às mulheres de acordo com a distribuição de candidatos por gênero, mas a regra também é muitas vezes descumprida, o que resulta no baixo número de candidatas efetivamente eleitas.
Em todo o país, 180.222 mulheres concorreram para o cargos de vereadora, o que representa 34,7% das candidaturas. Entre elas, metade se declarou branca, 10,76% preta e 37,81%, parda.
No Congresso Nacional, apesar de a participação das mulheres estar em crescimento, ainda não passa de 15%, o que mantém o Brasil no pé de um ranking mundial de presença feminina em Parlamentos.
Segundo o relatório "O Progresso das Mulheres no Mundo", feito pela ONU (Organização das Nações Unidas), seguindo o ritmo atual de representatividade serão necessários mais 40 anos para se alcançar a paridade de gênero na política mundial.
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