"Boulos mata a mãe e vai ao baile de órfãos", diz aliado ao lado de Covas
O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB) terceirizou os ataques ao rival Guilherme Boulos (PSOL) na manhã de hoje ao receber apoio do Sindicato Nacional dos Aposentados, ligado à Força Sindical.
De olho em mais de 75 mil filiados da entidade na capital paulista, o prefeito tomou café com os sindicalistas e com políticos aliados na sede do sindicato, no centro de São Paulo. Um deles era o ex-deputado federal Ricardo Tripoli, também do partido de Bruno Covas, a quem coube criticar Boulos.
Segundo Tripoli, "Bruno visitava os bailes da terceira idade com a avó dele, dona Lila Covas", enquanto Boulos é "filho de pai rico, viveu de mesada a vida inteira, foi para a periferia, mas nunca foi da periferia".
"Ele tem boas roupas, vai a bons restaurantes", disse Tripoli, enquanto era ouvido por Covas. Segundo o ex-deputado, "todos os que estão no PSOL antes estavam no PT".
"Estão fazendo uma lavagem de partido? O Lula está apoiando [Boulos], todo mundo está apoiando", afirmou. "Não dá para deixar."
O adversário [de Covas] mata a mãe para ir ao baile de órfãos para poder entrar. Imagine a agressividade que esse sujeito tem
Ricardo Tripoli, ex-deputado federal
Antes, a provocação a Boulos partiu do presidente do Sindicato, João Inocentini: "São Paulo precisa de um prefeito que olhe pela cidade e não faça porraloquisse", afirmou.
Ao UOL, a campanha de Covas enviou uma nota em que classifica "como inaceitável e desrespeitosa" a declaração feita hoje por Tripoli.
"Atitudes como essa não contribuem para o processo democrático", diz a nota. "O prefeito Bruno Covas já se desculpou, pessoalmente, com Boulos e espera que as campanhas, seus aliados e militantes mantenham o respeito e o bom nível que tem ditado o tom da campanha até aqui."
Apoios no segundo turno
Último a falar, Covas relembrou realizações de seu mandato em favor de idosos e não mencionou Boulos em seu discurso. Indiretamente, reforçou a afirmação de que o rival é radical ao dizer que "o radicalismo ideológico sabe criticar, mas não sabe convergir na busca de políticas públicas que são para todos e não apenas para seu grupo político".
Ao concluir seu discurso, conversou com a imprensa. Questionado sobre a busca de apoios para o segundo turno, disse que a missão foi entregue à coordenação de campanha. Ele reconheceu a necessidade de alianças porque não vencer no primeiro turno significaria que "ainda falta maioria".
Questionado sobre a relação entre o sindicato, filiado à Força Sindical, e seu principal expoente, o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade), Covas se irritou.
Interrompeu a pergunta para dizer que não recebeu o apoio formal nem da central sindical nem de Paulinho, que no final do mês passado virou réu na Justiça Eleitoral por caixa 2, corrupção e propina de R$ 1,7 milhão nas campanhas de 2010 e 2012.
"Eu recebi o apoio do Sindicato dos Aposentados, não tive o apoio oficial da Força ou do Solidariedade", disse.
Ainda hoje, Covas vai gravar o programa eleitoral às 17h antes de se reunir com vereadores eleitos pela coligação, às 19h, no diretório estadual do PSDB.
Como acompanhar o resultado das eleições 2020?
Para acompanhar todos os resultados das eleições 2020, o UOL compilou todos os resultados nesta página, basta escolher a cidade. O mesmo ocorrerá após votação no segundo turno.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.