Militância petista infla primeira agenda de campanha de Boulos no 2º turno
O apoio do PT à candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) já rende efeitos visíveis na agenda do adversário de Bruno Covas (PSDB) pela Prefeitura de São Paulo. A quantidade de pessoas ao redor do candidato é superior à presente na maior parte das caminhadas ao longo do primeiro turno.
Apoiadores de Boulos e militantes petistas aguardavam o candidato desde as 10h de hoje em uma padaria na estrada do M'Boi Mirim, na zona sul paulistana. Ele, porém, chegou apenas no final da manhã, após a chuva que atingiu a região.
Esta foi a primeira agenda oficial de campanha no segundo turno. Ontem, Boulos apenas tomou café com apoiadores também na zona sul já que atos ainda não estavam permitidos.
"PT agora é 50"
Durante a espera, era possível ouvir apoiadores dizerem frases como "agora ficou fácil escolher" e "PT agora é 50", em referência ao número de urna do PSOL. "A nossa esquerda unificada, nossa esquerda unificou", disse um dos apoiadores em um carro de som.
Nesta tarde, o PT anunciará oficialmente o apoio a Boulos em um encontro com o candidato no centro paulistano. O candidato petista, Jilmar Tatto, derrotado no primeiro turno, estará presente. Amanhã, Boulos pretende realizar um evento em que anunciará sua frente de apoios para a sequência da eleição.
Antes, porém, o PT já estava presente na agenda de hoje. O vereador reeleito Antonio Donato e seus apoiadores estiveram com bandeiras da campanha do petista no local. Donato também discursou, pedindo apoio a Boulos.
"É importante que a gente consiga transferir a votação do Jilmar para ele. Por isso, a gente está se engajando aqui na campanha", disse Donato ao UOL. Tatto teve cerca de 460 mil votos em 15 de novembro. Boulos, quase 1,1 milhão.
Aqui na periferia o PT é muito enraizado. E a gente estava com o nosso candidato. Agora nós vamos estar com Boulos. Então isso vai fortalecer muito a campanha dele na periferia
Antonio Donato, vereador paulistano pelo PT
Sobre ruídos dentro do partido sobre apoiar ou não Boulos desde o primeiro turno, o vereador disse que isso deverá ser discutido depois de 29 de novembro, quando a eleição se encerra. "Agora é hora de eleger o Boulos."
Ao fim da caminhada, o candidato do PSOL agradeceu a "militância do PT" e de movimentos sociais. À imprensa, Boulos voltou a cutucar Covas ao dizer que não se esconde apoios, falando que o tucano esconde o governador João Doria (PSDB), de quem herdou a prefeitura em 2018.
Aglomeração
O ponto negativo da agenda foi a aglomeração gerada no local e o transtorno para passageiros de ônibus, já que o ponto em frente à padaria ficou tomado de apoiadores. Os ônibus chegaram a ter de parar longe da calçada.
No primeiro turno, a campanha chegou a receber uma recomendação do MPE (Ministério Público Eleitoral) para evitar fazer aglomerações em razão da pandemia do novo coronavírus.
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