Schelp: "Latifúndio" de tempo na TV permite a Boulos apresentação a eleitor
A campanha do segundo turno das eleições municipais foi um dos assuntos do Baixo Clero #66, podcast de política do UOL apresentado por Carla Bigatto, com a participação dos colunistas Diogo Schelp e Maria Carolina Trevisan.
Diogo Schelp, colunista do UOL, disse que a exposição na televisão deve permitir que o eleitor paulistano conheça mais o candidato Guilherme Boulos (PSOL), que disputa a vaga para prefeito de São Paulo. "Boulos, que tinha pouquíssimo tempo de propaganda eleitoral gratuita no primeiro turno, vai passar a ter dez minutos por dia, o que é um verdadeiro 'latifúndio' a ser ocupado pelo psolista. Isso é uma vantagem, porque equilibra o tempo com o candidato Bruno Covas", afirmou. "É um tempo que ele vai poder usar para se apresentar à população. A campanha do Boulos acredita que um dos grandes problemas dele é que ele não é tão conhecido assim, principalmente em algumas faixas de renda, onde ele não foi tão bem no primeiro turno." (Ouça a partir do minuto 14:18)
Schelp ponderou, entretanto, que o candidato será mais cobrado. "É uma exposição que aumenta. Ele vai passar a ser mais cobrado, a dar explicações sobre sua biografia e tal, mais do que acontecia no primeiro turno. Com dois candidatos, fica mais fácil fazer a comparação. E isso não é necessariamente bom para o Boulos", opinou. (Ouça a partir do minuto 15:00)
A colunista Maria Carolina Trevisan também falou sobre o tempo que o candidato do PSOL terá na propaganda eleitoral gratuita. "Eu acho que vai ser bem interessante. A campanha começa nesta sexta-feira na televisão. Fiz um levantamento para ver quanto tempo cada um tinha [no primeiro turno]. Para vocês terem uma ideia, a diferença é tão destoante. Covas tinha 900 comerciais, mais ou menos, por 30 dias, e Boulos tinha 80. E agora vai ficar dez minutos para cada, então fica um pouco mais equilibrado, de fato. O grande desafio do Boulos vai ser se tornar mais conhecido pelo 'povão'." (Ouça a partir do minuto 15:35)
Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostra Bruno Covas (PSDB) com 58% dos votos válidos no segundo turno na capital paulista e Guilherme Boulos com 42%.
Schelp comparou a eleição em São Paulo com o segundo turno no Recife. "[No Recife], de novo, a disputa é entre experiência e não experiência. Como tem sido o discurso do Bruno Covas em São Paulo. De dizer que a experiência, que o Boulos chama de continuidade, versus a inexperiência. Marília Arraes também usa isso como argumento na campanha dela contra João Campos, porque ela tem mais trajetória na política", disse Schelp. (Ouça a partir do minuto 21:25)
No Recife, a pesquisa Datafolha mostra Marília Arraes (PT) com 55% dos votos válidos e João Campos (PSB) com 45%. "É uma campanha muito interessante porque os dois são primos, Marília Arraes é neta do ex-governador Miguel Arraes e o João Campos é bisneto. Ela já foi do PSB, então assim, PSB, esse grupo político familiar tem um domínio muito grande. Uma tendência, uma tradição muito grande no estado. É uma continuidade dessa tradição política só que agora dividida com a Marília Arraes no PT", comentou Schelp. (Ouça a partir do minuto 20:40)
O podcast também abordou a pesquisa Datafolha para o segundo turno no Rio de Janeiro, que mostra Eduardo Paes (DEM) com 71% dos votos válidos e Crivella (Republicanos) com 29%.
Baixo Clero está disponível no Spotify, na Apple Podcasts, no Google Podcasts, no Orelo, no Castbox, no Deezer e em outros distribuidores. Você também pode ouvir o programa no YouTube. Outros podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts.
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