Candidato fala em 'covid pontual' em debate em Belém, marcado por acusações
Provocações da campanha eleitoral resumiram o último debate na TV entre os candidatos à Prefeitura de Belém. Edmilson Rodrigues (PSOL) e Delegado Federal Eguchi (Patriota) compareceram ao evento na TV Liberal, afiliada da Rede Globo no Pará. Os dois candidatos voltaram a citar acusações presentes nas propagandas eleitorais e discussões do debate anterior, na TV RBA, afiliada da Bandeirantes.
Temas como auxílio emergencial, combate à corrupção e à covid-19 foram alguns que causaram polêmica.
Edmilson questionou Eguchi sobre um vídeo onde o candidato do Patriota teria chamado quem recebe benefícios sociais do governo, como Bolsa Família e auxílio emergencial, de vagabundos. Ele respondeu que o material foi editado fora de contexto.
"Isso foi em Marabá, quando eu era chefe da delegacia que investigava fraudes no Bolsa Família e detectamos que 30% era fraudado, inclusive por políticos e servidores públicos. Chamei de vagabundo para os fraudadores, não para os trabalhadores", afirmou.
Já Eguchi voltou a citar o processo de Edmilson envolvendo a compra de livros quando foi prefeito. "No debate passado, o senhor não respondeu. O senhor comprou livros, pagou livros e não recebeu. E 14 mil crianças ficaram sem livros? Cadê os livros, candidato?"
O psolista rebateu partindo para o ataque. "É o retorno da mesma mentira. A candidatura [de Eguchi] já está condenada pelo TRE [Tribunal Regional Eleitora] por 14 vezes, inclusive hoje, com a publicação de uma fake news dando vantagem eleitoral", disse, referindo-se à decisão da Justiça Eleitoral que impugnou pesquisa do instituto Ecodata que dava vantagem ao candidato do Patriota.
Edmilson afirmou que suas contas foram aprovadas em seus dois mandados como prefeito. Eguchi retrucou: "Engraçado, candidato, as fake news do seu lado são mentiras, as suas são verdades!".
Corrupção e pandemia
Eguchi fez em seguida uma série de acusações sobre corrupção em mandatos anteriores de Edmilson. "É um rombo de corrupção tão grande que não dá tempo de falar tudo, é muito pouco tempo. É desse jeito que ele quer combater a corrupção", afirmou.
Quando o tema foi o combate à covid-19, os candidatos divergiram sobre a forma de enfrentamento da doença. Perguntado se iria seguir as orientações do presidente da República, Jair Bolsonaro, Eguchi respondeu: "Não haverá lockdown em 2021!".
Segundo ele, a crise econômica resultou em desemprego em vários setores. "Vários setores foram prejudicados com a pandemia. O setor cultural praticamente parou, só não passou fome por conta do auxílio emergencial que o presidente Bolsonaro distribuiu para a população."
E citou o que chamou de "covid pontual". "Se a máscara e o álcool [em gel] resolvem o problema no supermercado, no ônibus, na farmácia, na Caixa Econômica, quem vai receber o auxílio emergencial e ficam mais de mil pessoas imprensadas lá, por que a máscara, o álcool em gel e o distanciamento não vão resolver o problema no restaurante, na escola, numa casa noturna? Eu acho que é uma covid pontual."
Edmilson Rodrigues discordou do adversário e disse que pretende ouvir os cientistas. "Nós vamos obedecer à ciência para proteger vidas, porque o rico pega o jatinho e vai se tratar em São Paulo, mas as pessoas pobres têm que ter assistência do município."
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