TSE aprendeu com as lições do primeiro turno, diz pesquisadora
A apuração dos votos do segundo turno das eleições corre em ritmo muito mais acelerado do que o apresentado no primeiro turno, realizado há duas semanas. Menos de uma hora depois do fechamento das urnas, algumas cidades já conhecem números avançados neste domingo (29).
Maria Cecília Oliveira Gomes, professora no Data Privacy Brasil e pesquisadora em proteção de dados na FGV, afirmou durante a live do UOL sobre a apuração que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprendeu com as falhas apresentadas há duas semanas.
"A percepção que eu tive com o dia de hoje, não sei se vocês também compartilham em relação a ela, é que o segundo turno foi bem mais tranquilo que o primeiro nesse aspecto", afirmou.
A especialista voltou a reforçar a confiança no sistema eleitoral do país e vê um esforço do TSE em aprimorar o sistema.
"O TSE, a cada eleição, pelo que a gente tem acompanhado, tem melhorado os seus sistemas, tem movido esforços para justamente melhorar cada vez mais a segurança envolvida no processo de votação, passar mais informações, esclarecimentos para a população sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, sobre como é confiável o sistema eleitoral brasileiro, entre outros aspectos", analisou.
Há duas semanas, o TSE atrasou algumas horas para começar a liberar as primeiras parciais da eleição municipal. O presidente do tribunal, o ministro Luís Roberto Barroso, afirmou neste domingo que esperava conhecer ainda hoje todos os resultados o pleito "se Deus quiser".
Maria Cecília usou o aplicativo e-título para mostrar como o tribunal evoluiu mesmo com o pequeno espaço de tempo entre os dois turnos. "Se no primeiro turno teve toda aquela questão de não conseguir baixar o aplicativo, a gente já vê que agora no segundo turno que eles limitaram o download do aplicativo para o dia anterior, justamente para não sobrecarregar esse sistema do TSE em relação ao download e a consulta de informações. Eu tenho uma visão otimista de que com o passar do tempo isso vai se tornar cada vez mais uma agenda do TSE de melhoria nesse processo de votação", declarou.
Foi divulgada ontem (28) a prisão, em Portugal, de um suspeito de ter participado de um ataque hacker ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A invasão no sistema no primeiro turno divulgou informações de funcionários, mas não colocou em risco o sistema de votação, de acordo com o tribunal. As urnas não ficam conectadas à internet, e a transmissão dos votos para totalização do resultado é feita por uma rede própria do tribunal que usa comunicação criptografada.
Voto impresso ou eletrônico
Ao comentar mais uma declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendendo o uso do voto impresso nas eleições, Maria Cecília enxerga o TSE atuando no sentido contrário ao que Bolsonaro deseja.
"Sobre haver ainda declarações de votos impressos, votos eletrônicos, isso é algo que a gente vê há bastante tempo. Não é da eleição 2020, da eleição 2018. As urnas eletrônicas existem no Brasil desde 1996, e desde que a gente começou a, paulatinamente, implementar as urnas eletrônicas no Brasil, alegações e questionamentos como essas foram e vêm sendo feitas, contudo, até o momento não houve nenhuma comprovação de que há alguma fraude ou que houve alguma fraude. O que a gente tem acompanhado por parte do TSE, com o aplicativo do e-titulo, outras medidas, outros planejamentos que eles têm para as próximas eleições é que eles têm cada vez mais melhorado e aprendido com as situações que são vivenciadas", finalizou.
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