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Eleitores cobram mudanças em Macapá após apagão e eleição adiada

Gabriel Dias

Colaboração para o UOL, em Macapá

06/12/2020 15h29

Última cidade a definir seu prefeito neste ano, a cidade de Macapá realiza hoje o seu primeiro turno e os eleitores lembraram dos problemas enfrentados recentemente na cidade para falar em mudanças.

A votação foi adiada devido a falta de segurança causada pelo apagão que atingiu 13 municípios do estado durante 22 dias no mês de novembro. Originalmente, o primeiro turno seria em 15 de novembro. Caso um dos candidatos não obtenha 50% mais um dos votos válidos, o segundo turno ocorrerá em 20 de dezembro.

O pedreiro João Paulo Farias, 54, foi votar na Escola Estadual Professor Zolito de Jesus Nunes na expectativa de renovar o atual cenário político da capital amapaense.

joão paulo farias - Gabriel Dias/UOL - Gabriel Dias/UOL
"O amapaense em geral, não aguenta mais essa situação", disse João Paulo Farias, após votar em Macapá
Imagem: Gabriel Dias/UOL

"O amapaense em geral, não aguenta mais essa situação tão delicada, então a gente votando para ver se melhora. Se os próximos governantes conseguem mudar esse cenário", comentou o macapaense.

A vendedora Eunice Mendes, 54, também foi às urnas na esperança de que o voto possa evitar novas tragédias como o apagão que atingiu o estado durante o mês de novembro.

"Depois de tanta coisa que já aconteceu, situações muito delicadas, então a gente vem às urnas na esperança de mudança, de renovação, tanto na Câmara de vereadores, quanto na prefeitura", afirmou a eleitora.

Eunice Mendes - Gabriel Dias/UOL - Gabriel Dias/UOL
"Depois de tanta coisa que já aconteceu, a gente vem na esperança de mudança, de renovação", afirma Eunice Mendes
Imagem: Gabriel Dias/UOL

O fotógrafo Diego Balieiro, 24, também considera que o voto é a oportunidade que o macapaense tem para evitar novos problemas na cidade que podem ser combatidos pelo poder público.

"Esse é um ano que o macapaense tem o voto como uma arma que se tornou bastante importante depois do que aconteceu aqui no Amapá. Isso me fez refletir muito em quem votar para prefeito e vereador, pois não adianta você vender seu voto e depois sofrer com uma situação como foi o apagão", avaliou.

A universitária Eduarda Santos, 22, também espera por uma renovação do cenário político, na esperança de novos projetos que possibilitem o desenvolvimento da capital amapaense.

"As pessoas que decidiram sair de casa para votar hoje são aquelas que esperam por essa mudança, pois a capital e o estado como todo já vem sofrendo há anos com esses problemas", afirmou.

Na capital amapaense são 292,7 mil eleitores aptos para votarem em 703 seções eleitorais até as 17h. Para prefeito a disputa está entre dez candidatos: Capi (PSB), Cirilo Fernandes (PRTB), Dr Furlan (Cidadania), Patrícia Ferraz (Podemos), Gianfranco (PSTU), Guaracy (PSL), Haroldo Iram (PTC), Josiel Alcolumbre (DEM), Paulo Lemos (Psol) e Professor Marcos (PT). A capital também tem 492 candidatos a vereadores que disputam as 23 vagas disponíveis na Câmara Municipal de Macapá.

Plano de segurança

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) havia decidido adiar as eleições em Macapá com base em informações fornecidas pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que indicavam que organizações criminosas estariam preparando atos na capital para o dia 15 de novembro.