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Quaest: avaliação negativa do governo Bolsonaro cai e é a menor em 13 meses

Entre as mulheres, rejeição a Bolsonaro cai 5 pontos no intervalo de duas semanas, diz pesquisa Genial/Quaest - Isac Nóbrega/PR
Entre as mulheres, rejeição a Bolsonaro cai 5 pontos no intervalo de duas semanas, diz pesquisa Genial/Quaest Imagem: Isac Nóbrega/PR

Do UOL, em São Paulo

17/08/2022 11h12Atualizada em 17/08/2022 11h12

Quaest - Pesquisa confiável -  -

Pesquisa da Quaest Consultoria contratada pela Genial Investimentos e divulgada hoje aponta uma queda na rejeição ao governo de Jair Bolsonaro (PL): 41% dos entrevistados avaliam a gestão negativamente, o menor índice nos últimos 13 meses, desde julho de 2021, quando teve início o levantamento.

No início do mês, a Quaest registrou que 43% dos eleitores consultados avaliavam o governo Bolsonaro como ruim —essa oscilação de dois pontos percentuais ocorre dentro da margem de erro. Já em relação à pesquisa de julho, a queda foi de seis pontos, portanto fora da margem.

Avaliação do governo Bolsonaro (público geral):

  • Negativa - 41%
  • Positiva - 29%
  • Regular - 27%
  • Não sabem / Não responderam - 3%

Entre as mulheres, rejeição a Bolsonaro cai 5 pontos

No eleitorado feminino, que rejeita mais Bolsonaro do que o masculino, segundo as pesquisas, a avaliação negativa foi de 48% para 43%, no intervalo de duas semanas. Outras 27% julgam o governo bom —um aumento de 3 pontos percentuais.

Um dos focos recentes da campanha à reeleição do presidente é uma maior exposição da primeira-dama, Michelle, com o objetivo de atenuar essa rejeição entre as mulheres.

Avaliação do governo Bolsonaro no público feminino:

  • Negativa - 43%
  • Positiva - 27%
  • Regular - 27%
  • Não sabem / Não responderam - 3%
    Pesquisa Quaest de 17 de agosto de 2022 mede avaliação do governo Bolsonaro entre homens e mulheres - Reprodução/Quaest - Reprodução/Quaest
    Pesquisa Quaest de 17 de agosto de 2022 mede avaliação do governo Bolsonaro entre homens e mulheres
    Imagem: Reprodução/Quaest

    Cai avaliação positiva entre quem recebe Auxílio Brasil

    Esta pesquisa é a primeira realizada pela Quaest após o início do pagamento no valor de R$ 600, que passou a valer em 9 de agosto e vai até o fim do ano. Outros benefícios, como o auxílio caminhoneiro e o auxílio taxistas, também tiveram a primeira parcela paga.

    A melhora que ocorreu no público em geral não foi verificada entre quem recebe o Auxílio Brasil. Em comparação com a pesquisa divulgada no início de agosto, a avaliação negativa do governo manteve-se estável em 39% entre esse grupo de beneficiários, enquanto a positiva caiu de 28% para 24%.

    A maior rejeição registrada nesse público ocorreu em março, quando 54% diziam que o governo era ruim.

    Quaest Auxílio Brasil - Reprodução/Quaest - Reprodução/Quaest
    Pesquisa Quaest de 17 de agosto de 2022 mede avaliação do governo Bolsonaro entre os beneficiários do Auxílio Brasil
    Imagem: Reprodução/Quaest

    O levantamento fez entrevistas com 2.000 pessoas face a face, entre os dias 11 e 14 de agosto. O índice de confiança, segundo o instituto, é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-01167/2022 e custou R$ 139.005,86.

    Disputa eleitoral

    A Quaest também questionou os eleitores a respeito das intenções de voto para presiedente. Lula lidera com 45%, e Bolsonaro fica em segundo, com 33%. Os números são para o cenário estimulado, quando o entrevistado recebe uma lista prévia com os nomes dos candidatos.

    Ciro Gomes (PDT) tem 6% e empata tecnicamente na terceira posição com Simone Tebet (MDB), que aparece com 3% das intenções de voto. Os demais não pontuaram.

    Como Lula tem 45% das intenções de voto e a soma dos outros candidatos dá 42%, o petista pode ganhar no primeiro turno, mas a margem de erro não assegura a vitória (os demais podem chegar a 44%, e Lula varia entre 43% e 47%).

    Sobre o Instituto

    A Quaest é um instituto de pesquisas com sede em Belo Horizonte. Até 2020, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a empresa realizava pesquisas eleitorais só em Minas Gerais. Hoje, faz levantamentos sobre intenções de voto para presidente, governador e para o Senado em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. O instituto tem uma parceria com a Genial Investimentos, a qual financia levantamentos para as eleições de 2022. As pesquisas são realizadas com entrevistas presenciais.