Justiça determina que post falso sobre Haddad e Rota seja retirado do ar

O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) determinou hoje (18) que uma postagem com falsas alegações sobre as propostas de Fernando Haddad (PT), candidato ao governo de São Paulo, seja retirada do ar em até 24 horas.

A decisão, assinada pelo desembargador José Antonio Manfre e já publicada, atende a um pedido feito pela campanha do petista. O post foi feito por uma página do Facebook e indica que Haddad teria prometido criar uma rede social para monitorar policiais e acabar com a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), a tropa de elite da Polícia Militar paulista.

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Fact-checking. A informação contida na postagem foi considerada insustentável pelo UOL Confere, serviço de checagem de desinformação do UOL.

Por que é insustentável? A etiqueta é utilizada pelo UOL Confere quando não há nenhum dado público que sustente a alegação checada. No caso da postagem, não há registros de que Haddad fez quaisquer declarações citadas no post em entrevistas, sabatinas ou mesmo em publicações de redes sociais.

No plano de governo da candidatura há promessas de valorização de carreira, melhoria nos pagamentos, plano de metas, redução na letalidade policial, reforço do policiamento comunitário e ampliação do uso de câmeras nos uniformes.

O que diz o post? A publicação, feita em 12 de agosto, atribui ao ex-prefeito de São Paulo as seguintes declarações:

• "Policial só tem que andar armado em serviço, na folga vai deixar a arma no quartel";
• "Vamos criar uma rede social própria para monitorar PMs em tempo integral";
• "A polícia tem que entender que bandido também é cidadão de bem";
• "Havendo ocorrência com morte, o policial será exonerado";
• "Não acho que policial ganha pouco";
• "É inaceitável qualquer atividade na hora de folga";
• "A Rota precisa ser extinta";
• "Não acho justo um delegado fazer flagrante de um jovem que estava com um quilo de maconha".

O que diz a liminar do TRE-SP? O texto menciona checagens feitas pelo UOL Confere e pelo Aos Fatos para observar que as frases mencionadas acima, e apresentadas como declarações do petista, "não foram identificadas em entrevistas ou publicações realizadas nos sítios de internet relacionados ao supranominado candidato."

"Logo, ao menos à primeira vista, considero possível a veiculação de fatos sabidamente inverídicos no espaço virtual", escreve o magistrado na decisão.