TSE manda redes derrubarem fake news culpando Lula por alta do combustível
O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Raul Araújo decidiu hoje (27) que redes sociais têm 24 horas para removerem postagens enganosas que culpam os governos do PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela alta nos combustíveis.
A fake news utilizou a imagem de Aldo Rebelo (PDT) — ex-presidente da Câmara (2005-2007) e ministro nos governos petistas de Dilma Rousseff (Esportes; Defesa; Ciência, Tecnologia e Inovação) e Lula (Secretaria de Coordenação Política).
As imagens associam Aldo a um áudio forjado em que ele teria dito que "nenhum presidente tem a possibilidade de controlar os preços da Petrobras porque os governos do PT roubaram a estatal".
Alguns trechos, compartilhados no YouTube, Facebook, Instagram, TikTok e Gettr, dizem o seguinte:
"Urgente! Vaza áudio de Aldo Rebelo (ex-ministro de Lula e Dilma)."
"Aldo Rebelo do Partido Comunista do Brasil conta a verdade sobre #Lula e a #Petrobras. Saiba a real situação da empresa por quem viveu os bastidores das negociatas #AldoRebelo."
"Aldo Rebelo faz revelação bombástica."
"VAZA ÁUDIO De Ex-ministro da Defesa Do PT! Entregou Todo SISTEMA Por Trás Da Petrobrás e Refinarias."
"Aldo Rebelo (ex-ministro e ex-deputado) estaria responsabilizando Lula e os governos do PT pela corrupção na Petrobrás e pela alta dos preços do combustível."
Em sua decisão, o ministro do TSE escreveu que as publicações são inverídicas, pois "Aldo Rebelo não gravou o áudio, informação que foi confirmada por ele no seu perfil no Twitter, em 24.5.2022, bem como por diversas agências de checagem".
"Trata-se, portanto, de conteúdo produzido para disseminar desinformação", diz Araújo.
O ministro atrelou sua decisão a uma norma legal que limita a livre manifestação do pensamento à ofensa à honra de terceiros ou divulgação de fatos inverídicos.
"A livre circulação de pensamentos, opiniões e críticas visam a fortalecer o Estado Democrático de Direito e à democratização do debate no ambiente eleitoral", diz o ministro ao defender que "as publicações impugnadas acabam por gerar desinformação".
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