Sakamoto: Bolsonaro precisa que atos de 7 de Setembro rendam três fotos
Ao comentar a presença de público - ainda não calculado - nas manifestações convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro neste 7 de setembro, o colunista do UOL Leonardo Sakamoto lembra que o presidente está estagnado nas pesquisas e que, a menos de um mês das eleições, ele precisa mostrar aos seguidores e à população que tem apoio.
"Bolsonaro precisa que os atos de hoje rendam três fotografias. Uma grande, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que já se confirmou pela manhã. A segunda, na Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro. E a terceira, na Avenida Paulista, em São Paulo".
Segundo o colunista afirmou, ao participar do UOL News, esses são espaços conhecidos em todo o Brasil como espaços de manifestações.
"Essas imagens vão circular à exaustão nas redes sociais, nos grupos de WhatsApp, nos grupos de Telegram, nessas e nas próximas semanas para mostrar que ele tem apoio. Daí ele parte de uma verdade, que ele consegue mobilizar muita gente nas ruas, para validar uma mentira que é dizer que essa "muita gente" representa a maioria da população. Sendo que, neste momento, ele perde para o ex-presidente Lula na pesquisa de intenção de voto do Ipec, por 44% a 31%", comentou.
Maierovitch: Postura de Bolsonaro é crime passível de impeachment
O discurso em tom eleitoreiro feito por Jair Bolsonaro (PL) hoje a apoiadores após o desfile cívico-militar do 7 de setembro em Brasília é passível de impeachment. Essa é a opinião do jurista e colunista do UOL Wálter Maierovitch, que afirma que o presidente descumpriu os artigos 242 e 243 do Código Eleitoral.
"Ele comete abuso de poder político, que é crime tipificado na Constituição e que pode ser objeto de impeachment. Evidentemente ele não se preocupa com impeachment e nem com o crime de abuso porque ele tem a cobertura do [Arthur] Lira", disse durante participação no UOL News especial.
"Abusou da propaganda política, basta olhar nos artigos 242 e 243 do Código Eleitoral. Ali estão os crimes que ele praticou, ou seja, isso está proibido no 242 e ele levou a estados emocionais e passionais naquele seu discurso com falta de compostura na questão do 'imbrochável', e faz o jogo político e abusivo dele", acrescentou.
O UOL News especial reuniu análises e entrevistas sobre os atos de 7 de Setembro. Assista à íntegra:
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