Toledo: Haddad precisa pegar na mão de Alckmin por voto de conservadores
O colunista do UOL José Roberto de Toledo participou hoje do pré-debate do UOL antes de os candidatos ao Governo do Estado de São Paulo se confrontarem e destacou, em sua visão, qual é a estratégia necessária para Fernando Haddad (PT) consolidar sua vitória nas eleições. Para Toledo, o candidato petista deve colar sua imagem no ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB) para conquistar votos conservadores no interior do estado.
"O problema do Haddad agora não é se tornar um pouco mais conhecido no interior, mas é pegar na mão do Alckmin e tentar ganhar esse eleitor conservador", disse.
Toledo também pontuou que o eleitor do interior tende a ser mais conservador do que na Grande São Paulo, e é exatamente nesta fatia do eleitorado que está a maior barreira para Fernando Haddad até o momento.
"O comportamento do eleitorado do interior e litoral é diferente do eleitorado da Grande São Paulo em alguns aspectos. O interior é um pouco mais conservador e os números mostram que o PT e o Haddad têm mais dificuldades de conseguir entrar nesse eleitorado, também porque ele é menos conhecido".
Por fim, o colunista do UOL apontou que o candidato petista já está próximo ao seu teto de votos. "O que acho curioso é que ele [Haddad] já partiu meio do teto, teve evolução positiva nas três primeiras rodadas do IPEC mas está chegando muito perto do seu percentual no 2º turno. Ele está com 36% na intenção de voto estimulada e na simulação de 2º turno tem um pouco mais de 40%".
Josias: Rodrigo é asterisco de disputa que leva polarização nacional a SP
Josias de Souza destacou que o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) se tornou um asterisco na disputa eleitoral. O foco está na disputa entre Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de acordo com o colunista do UOL.
"No início dessa campanha o Tarcísio, que é de Brasília, seria um forasteiro deslocado nessa disputa de São Paulo. Hoje Tarcísio aparece em uma sólida segunda posição e corre atrás do petista Fernando Haddad. O governador Rodrigo Garcia se tornou o autêntico forasteiro da campanha, ele está cavalgando na máquina do estado e virou um asterisco no meio de uma disputa que transfere para o ambiente estadual a polarização nacional", disse.
Josias também pontuou que o candidato tucano começou a perder a disputa ainda em 2018, quando o presidente Jair Bolsonaro tomou uma posição que pertencia ao PSDB no cenário político nacional.
"Rodrigo Garcia começou a perder essa disputa em 2018, quando o Bolsonaro implodiu a centro-direita e tomou o lugar que o PSDB ocupava há um quarto de século na polarização com o PT. O berço dessa polarização PSDB versus PT, hoje você tem o polo do PT representado pelo Fernando Haddad e no outro polo o Tarcísio de Freitas representando o Bolsonaro".
Ele ainda afirmou que se Tarcísio for inteligente, sua estratégia será confrontar apenas Haddad, e não Rodrigo Garcia. "O Tarcísio de Freitas vai olhar para baixo só para reagir quando for provocado".
Confira a análise dos colunistas do UOL e a íntegra do debate com os candidatos ao governo do Estado de São Paulo:
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