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Josias: Campanha de Bolsonaro sinaliza desespero e confiança em pesquisas

Colaboração para o UOL

21/09/2022 09h36Atualizada em 21/09/2022 15h08

O colunista do UOL Josias de Souza comentou a campanha de Jair Bolsonaro (PL) ao UOL News de hoje. Para ele, os crescentes ataques do mandatário ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário na corrida ao Planalto, sinalizam desespero.

"Eles dizem que não confiam em pesquisa, mas estão intensificando a campanha porque estão atrás", afirmou Josias. "Ele vai a um debate que Lula não comparecerá e está em situação precária. Precisamos saber se teremos dois turnos, mas desespero e intensificação da agenda mostram que Bolsonaro confia muito nas pesquisas."

Josias disse que Bolsonaro tem utilizado "armas" antigas durante a campanha deste ano. "O problema do Bolsonaro é que ele está guerreando com armas de 2018 uma guerra de 2022. O cenário da guerra mudou, então ele tinha que mudar as armas. Mas Bolsonaro não consegue."

O colunista também falou sobre as cenas em que Bolsonaro aparece discursando para apoiadores em uma churrascaria de Nova York. "Bolsonaro é aquilo. Durou pouco tempo o Bolsonaro de timbre moderado da tribuna da ONU. Lá, ele soou tão comedido e diplomático que parecia fora de si. Mas voltou ao normal na churrascaria em Manhattan".

Bolsonaro levou palanque eleitoral ao exterior com ida a Londres e fala na ONU, diz ex-embaixador

O ex-embaixador Rubens Barbosa foi questionado no UOL News, hoje, sobre a recente viagem internacional de Bolsonaro. Ele entendeu que o presidente só fez campanha eleitoral no exterior.

"Essa viagem, na minha avaliação, foi uma viagem da política interna brasileira. Ele decidiu estender o palanque eleitoral para o exterior. Fez isso na sacada da residência da embaixada e fez isso em parte do discurso dele. Acho que vai ter pouca repercussão, acho que não vai ter impacto, porque ele está falando para o público dele. Ninguém vai mudar de posição por causa das coisas que aconteceram lá fora."

Barbosa afirmou ainda que, no Reino Unido, Bolsonaro pode ter acumulado pontos negativos. "No caso de Londres, pode até ser negativo, porque ele foi aproveitar um momento solene para fazer comício. A reação dos jornais ingleses foi muito negativa, com críticas à postura insensível dele".

Jamil: Putin faz declaração que vai entrar para a história ao dizer que ameaça 'não é um blefe'

Também em participação ao UOL News, o colunista Jamil Chade comentou o recente anúncio do presidente russo, Vladimir Putin, de mobilização de 300 mil homens para a guerra na Ucrânia.

Segundo Jamil, a declaração de Putin não é um blefe e entra para a história, pois eleva a tensão entre o Ocidente e a Rússia. Ele explicou que um referendo vai decretar que quatro territórios dominados pela Ucrânia são russos, o que pode causar uma escalada na gravidade da guerra.

"O referendo vai se dar a favor da anexação, e o Kremlin teria todo o direto de defender os quatro territórios como se fossem qualquer outro território russo. E tem uma situação sobre a qual Putin já deixou claro que qualquer tipo de invasão ao seu território será respondido com todos meios à disposição. A grande preocupação no Ocidente é: o que quer dizer esse termo 'todos meios à disposição'. Isso está sendo interpretado como ameaça nuclear e é visto, claro, com muita preocupação."

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