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TSE nega direito de resposta a Weintraub após Lula usar sua imagem em vídeo

Ex-ministro Abraham Weintraub - Walterson Rosa/Ministério da Educação
Ex-ministro Abraham Weintraub Imagem: Walterson Rosa/Ministério da Educação

Weudson Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

27/09/2022 11h29

A ministra Maria Claudia Bucchianeri, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), negou um pedido de direito de resposta apresentado ontem pelo ex-ministro Abraham Weintraub (PMB-SP) à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"O representante não apresentou, com a petição inicial, o texto correspondente à resposta pretendida, o que compromete o próprio exercício do contraditório pela parte representada, impondo-se, assim, o indeferimento da petição inicial", diz a magistrada.

A solicitação ocorreu depois de a coligação do petista ter exibido propaganda de TV em que o ex-auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PL) afirma que o mandatário é conivente com escândalos de corrupção.

De acordo com os trechos divulgados pela chapa de Lula com o candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), o ex-ministro diz que Bolsonaro "passa pano para mentira" e "passa pano para ladrão".

Ao ser questionado por uma entrevistadora se o presidente é corrupto ou faz vistas grossas para casos de corrupção em seu governo, Weintraub diz: "Rabo de porco, orelha de porco, pé de porco, focinho de porco. Bicho, se não é porco, é feijoada. Respondido?".

"Picotaram uma fala minha para quase me fazer um garoto-propaganda do PT. Tiraram o contexto do que eu falo do Bolsonaro e do Lula, estão distorcendo. Foram 28 segundos usando minha imagem sem minha autorização, é esse o tempo que quero de resposta", disse o ex-ministro em sua manifestação ao TSE.

"Lula é meu inimigo pessoal. Eu tenho ódio do Lula, tenho nojo do PT", afirmou.

Além de Weintraub, o ministro Paulo Guedes (Economia) e os ex-ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente), Milton Ribeiro (Educação) e Eduardo Pazuello (Saúde) também são citados no vídeo do PT.

  • Guedes é apontado como cruel por uma fala sua contra o reajuste dos servidores.
  • Salles é lembrado por uma declaração sobre "passar a boiada" sobre leis ambientais.
  • Ribeiro é citado pela investigação sobre a influência de líderes evangélicos no Ministério da Educação.
  • Pazuello é criticado pela forma como conduziu a pandemia de covid-19