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Randolfe: Plano de governo de Lula será detalhado em eventual transição

Colaboração para o UOL

29/09/2022 09h26

O senador Randolfe Rodrigues (Rede) faz parte da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato ao Planalto, e admite que o projeto de governo do petista ainda não foi devidamente detalhado. Em participação no UOL News, nesta quinta-feira (29), ele disse que isso não aconteceu porque a eleição virou uma espécie de plebiscito sobre a democracia, e prometeu esse detalhamento antes da posse de Lula, em caso de vitória, durante uma eventual transição.

"É a circunstância da candidatura. Foi colocada uma espécie de plebiscito, se o regime democrático continua ou não. Se conseguimos superar a cadeia de ódio ou não. É óbvio que essa circunstância tem se imposto sobre a proposta de governo", afirmou Randolfe.

O senador argumentou que a onda de apoio de personalidades a Lula, registrada principalmente nesta semana, comprova isso. "Todos estão compreendendo que o que está em jogo, sobretudo, é a democracia brasileira e nossas conquistas do pacto civilizatório".

Randolfe acredita que Lula pode vencer a eleição no primeiro turno e portanto logo depois começaria essa apresentação de detalhes do projeto de governo.

"Vamos detalhar medidas na transição e antes dos primeiros dias do governo. Algumas medidas o Lula já tem dito em comícios e na TV. E eventualmente esse detalhamento do programa de governo ocorrerá na fase de transição".

Debate Globo: Lula não atacará porque não tem motivo, mas estará preparado, diz Randolfe

Lula foi criticado pelo desempenho no primeiro debate presidencial desta campanha. Randolfe admitiu que não foi uma boa atuação do presidente e fez uma comparação com o futebol.

"Eu gostaria que o Pedro, atacante do Flamengo, jogasse bem todos jogos. Ele não pode. Nem Pelé jogava bem todos jogos. Mas aquele foi um ponto fora da curva. Temos que fazer autocrítica. Lula veio da entrevista na Globo, teve atividades de campanha e logo em seguida aquele debate", lembrou Randolfe, argumentando que Lula foi mal por causa de desgaste físico.

O senador também destacou que Lula teve uma "enfermidade" na garganta durante o começo da campanha, mas afirmou que agora o petista está mais preservado para o debate da Rede Globo, que será nesta quinta (29).

Mas mesmo assim o ex-presidente não atacará adversários inicialmente, segundo Randolfe. "Lula não vai para o ataque e não tem por que ir. A lógica do ataque partirá de quem quer desgastar ele. O presidente quer lembrar do tempo em que brasileiros viviam em paz e tinham comida na mesa. Esses são os 2 temas principais".

Josias: 'Pesquisas mostram movimento que favorece Lula'

O colunista Josias de Souza também participou do UOL News e comentou sobre a pesquisa Exame/Ideia, divulgada nesta quinta.

"Ela aponta na mesma direção que favorece Lula, porque ele chega na beirada da urna com movimento ascendente. Nas pesquisas mais tradicionais ele vem crescendo há 4 semanas consecutivas. E Bolsonaro, que nas outras pesquisas aparece estacionado ou oscilando para baixo, aqui aparece oscilando um ponto para cima. É um movimento que favorece muito o Lula", apontou Josias.

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