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Chamar Douglas Garcia de fascista é 'direito à manifestação', diz parecer

13.09.2022 - Deputado estadual Douglas Garcia discute com a jornalista Vera Magalhães  - Ronny Santos/Folhapress
13.09.2022 - Deputado estadual Douglas Garcia discute com a jornalista Vera Magalhães Imagem: Ronny Santos/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

01/10/2022 16h02

O Ministério Público Federal emitiu posicionamento contrário à representação movida pelo deputado estadual e candidato a deputado federal Douglas Garcia (Republicanos) contra três políticas do PSOL no TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Para o MPF, a representação não procede.

A representação cita a deputada federal e candidata à reeleição Sâmia Bomfim, a deputada estadual Monica Seixas e a vereadora Mariana Conti, todas do PSOL no estado de São Paulo.

Para Garcia, elas cometeram difamação contra ele após ele tentar intimidar a jornalista Vera Magalhães em debate pelo governo paulista.

As três se referiram a Garcia como fascista ao comentar um vídeo do episódio com a jornalista.

Garcia diz que o conteúdo é "sabidamente inverídico e difamatório" e diz houve "postagem difamatória no Instagram, atrelando sua imagem ao fascismo".

Em seu parecer, a procuradora Eugênia Augusta Gonzaga diz que a representação não procede, pois não foi identificado conteúdo "de natureza injuriosa ou que trate de fato sabidamente inverídico".

O parecer diz ainda que "ao considerar o candidato representante pessoa machista e representante do fascismo", as políticas citadas estão "exercendo seu direito a manifestação". O caso ainda será analisado pelo TRE.