Com chance de vitória, Lula faz última caminhada do 1º turno em São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terminou a campanha do primeiro turno com uma caminhada na Rua Augusta, na região central de São Paulo. O petista percorreu quase 2 km em uma caminhonete.
Como a legislação eleitoral proíbe comícios e eventos com som desde a noite de quinta (29), o ex-presidente tem feito as chamadas "caminhadas silenciosas". Ontem (30), foi a Salvador (BA) e Fortaleza (CE) em cortejos similares.
O trajeto durou cerca de 1 hora e percorreu sete quarteirões entre a Av. Paulista e o Parque Augusta. Houve acenos, gritos de apoio e um trio elétrico com jingles. Ao final, Lula não falou com a imprensa.
Na caminhonete, estava ainda o candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), além de Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB), que concorrem ao governo e Senado, respectivamente, e a esposa de Lula, Rosângela Silva, a Janja. Lúcia França (PSB), candidata a vice de Haddad, Marina Silva (Rede), Lu Alckmin e Ana Estela Haddad seguiram a pé, atrás do carro.
2° turno? A caminhada marca o fim do primeiro turno, com chance de liquidar as eleições amanhã. As últimas pesquisas do DataFolha e do Ipec (ex-Ibope) indicam possibilidade de vitória do petista na margem de erro — o mesmo indicam trackings internos do PT.
Pessoas ligadas à campanha admitiram à reportagem, no entanto, que acham difícil que Lula saia vitorioso no primeiro turno.
Andando em casa. Na Augusta, região com moradores majoritariamente de esquerda, a caminhada recebeu mais incentivos do que vaias por parte dos moradores dos prédios, que exibiam bandeiras do PT e do ex-presidente. Em direção aos apartamentos com bandeiras do Brasil, em menor número, os manifestantes petistas gritavam "fora Bolsonaro".
Os moradores da ocupação da FLM (Frente de Luta Pela Moradia), no meio do trajeto, também receberam o cortejo com bandeiras e gritos de apoio.
"Chuchu no Jaburu!" Houve certa resistência por parte da militância quando o nome de Alckmin começou a circular como vice de Lula no final do ano passado. Tucano havia 33 anos, ele era um dos principais adversários do PT em São Paulo e enfrentou o ex-presidente nas eleições de 2006.
Com o tempo, o ex-governador não só foi aceito pela militância como começou a ser tratado por "chuchu" de forma carinhosa. Antes, o apelido era usado pejorativamente para dizer que ele não tinha graça.
Hoje, ao chegar à Paulista, foi recebido com gritos de "chuchu no Jaburu", em referência à residência oficial do vice-presidente.
Churrasco. Alguns apoiadores de Lula gritavam "picanha de volta" durante o ato. O petista tem dito que, caso seja eleito, a população voltará a comprar carne a preços mais baratos.
Prioridade. A campanha de Haddad já recebeu a orientação de priorizar a campanha para Lula para que este saia campeão ainda no primeiro turno. Para eles, a caminhada foi um sucesso, principalmente para reforçar a chapa petista e a proximidade entre Haddad e o ex-presidente.
Trouxe o sol? Começou a chover na região por volta das 12h30, no momento em que os candidatos chegavam à caminhonete. A água dispersou parte dos presentes e aumentou o preço das capas de chuva de R$ 7 para R$ 10.
Lula chegou pouco antes das 13h, com duas horas de atraso, no momento em que a chuva parava. "Trouxe o sol", gritavam os apoiadores, em tom de brincadeira. Pouco antes, atribuíam o mau tempo a Haddad.
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