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Antonio Denarium (PP) é reeleito governador em Roraima

Thiago Varella

Colaboração para o UOL

02/10/2022 20h07Atualizada em 02/10/2022 21h18

O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), foi reeleito ao cargo já no 1º turno, com 163.167 votos (56,47% do total). O atual mandatário melhora, assim, a performance da última eleição, quando foi eleito no 2º turno.

Em segundo lugar ficou a ex-prefeita de Boa Vista Teresa Surita (MDB), que não conseguiu levar a eleição para o 2º turno devido a baixa votação dos demais candidatos.

Denarium sempre esteve alinhado com o presidente Bolsonaro (PL), mas só conseguiu um vídeo gravado com ele no último dia 14. Há quatro anos, ambos estavam no mesmo partido, o PSL, e estiveram juntos durante toda a campanha.

Apesar de ser um bolsonarista entusiasmado, a dificuldade em obter o apoio do presidente nesta eleição foi porque o PL, partido de Bolsonaro, indicou Édio Lopes como vice na chapa de Surita.

Isso acabou criando uma certa saia-justa entre Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que, em agosto, durante a convenção que ratificou o nome de Surita como candidata do MDB, garantiu que o presidente da República apoiaria a chapa de oposição a Denarium.

O apoio de Bolsonaro era bastante valioso em Roraima, estado onde o presidente obteve uma vitória expressiva sob o ex-presidente Lula (PT).

Quem é Denarium

Antonio Denarium nasceu em Anápolis (GO) e se mudou para Boa Vista com 25 anos, quando foi transferido pelo Banco Bamerindus, onde trabalhava. Atualmente, ele é empresário do ramo de frigoríficos.

O governador entrou para a vida política em 2010, como candidato a 1º suplente de senador, pelo PPS. Ele perdeu a eleição. Em 2018, aproveitou a onda do bolsonarismo para se filiar ao PSL e sair candidato ao governo do estado. Foi eleito no 2º turno.

Seu primeiro mandato foi marcado por diversas polêmicas, como um processo por compra de votos, que acabou sendo julgado improcedente, uma denúncia de nepotismo e um pedido de impeachment por suspeitas de superfaturamento na compra de respiradores durante a pandemia de Covid-19.