Eleição 2022: proporção de votos válidos é a maior desde a redemocratização

A eleição presidencial de 2022 registrou o recorde de votos válidos da história do país desde a redemocratização, o que representou 95,59% do total no primeiro turno. É o menor percentual de votos brancos e nulos desde a primeira eleição direta para presidente em 1989, quando foi registrado o percentual de 6,45% e os eleitores levaram Fernando Collor de Mello e Lula ao segundo turno da disputa. Em 2022, com 99,74% das urnas apuradas na noite deste domingo (2), votos nulos e brancos somaram 4,41% no primeiro turno. Lula (PT) e Bolsonaro (PL) vão disputar o segundo turno no dia 30 de outubro.

Depois de 1989, o menor patamar de votos nulos e brancos tinha sido registrado no primeiro turno de 2006, representando 8,42% do total. Naquela eleição, a disputa foi para o segundo turno com os candidatos Lula e Geraldo Alckmin, que hoje integram a mesma chapa na corrida presidencial. Votos brancos e nulos não são incluídos no cálculo que elege um candidato. Eles são desconsiderados e a eleição é decidida apenas entre votos válidos.

O voto em branco é quando o eleitor aperta a tecla "branco" na urna eletrônica. O voto nulo é quando o eleitor digita o número de um candidato ou partido que não tem representante na disputa para o cargo.

Veja o histórico de votos nulos e brancos no primeiro turno das eleições presidenciais:

1989 - 6,45%

1994 - 18,78%

1998 - 18,70%

2002 - 10,39%

2006 - 8,42%

2010 - 8,64%

2014 - 9,64%

2018 - 8,79%

2022 - 4,41%