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Ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP) é eleita senadora pelo MS

Ex-ministra Tereza Cristina em campanha - Divulgação
Ex-ministra Tereza Cristina em campanha Imagem: Divulgação

Patricia Pamplona

Colaboração para o UOL

02/10/2022 19h04Atualizada em 02/10/2022 22h31

A ex-ministra da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro (PL), Tereza Cristina (PP), foi eleita senadora pelo Mato Grosso do Sul. Com 829.149 votos (60,85%), ela substitui Simone Tebet (MDB), que abriu mão da disputa para o Legislativo para concorrer à Presidência da República.

Líder nas pesquisas durante toda a campanha, a progressista desbancou dois nomes conhecidos no estado: o do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) e o do ex-juiz federal Odilon de Oliveira (PSD) —que teve seu nome projetado por causa de sua atuação contra o crime organizado na fronteira com o Paraguai.

Seus adversários tentaram desbancar sua candidatura no TRE (Tribunal Regional Eleitoral), com acusações de abuso de autoridade. Mandetta entrou com três contestações: por ter participado, ao lado do atual governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), da Marcha para Jesus, em 7 de setembro, por ter divulgado no horário eleitoral gratuito que está à frente dos demais nas pesquisas e por ter ido ao lançamento das obras na BR-419, no fim de agosto, junto do ministro da Infraestrutura, Marcelo Cunha Filho.

A participação neste evento também foi contestada pelo juiz Odilon, mas todos os processos foram rejeitados pela Corte.

Apoio de Bolsonaro

Em um estado com forte apoio a Bolsonaro, Tereza garantiu o apoio do presidente. A proximidade era tanta que o candidato ao Planalto foi decisivo para a escolha do suplente da senadora: ele tinha preferência pelo Tenente Portela, que acabou escolhido como primeiro suplente, enquanto Tereza escolheria Cláudio Mendonça, ex-diretor do Sebrae-MS, segundo a mídia local.

Quem é Tereza Cristina

De Campo Grande, Tereza Cristina, 68, entrou na política no início dos anos 2000, quando se filiou ao PSDB. Seu primeiro cargo, no entanto, ocorreu apenas em 2007, quando foi nomeada secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo no governo de André Puccinelli, que ocupou até 2014.

Naquele ano, ela foi eleita deputada federal, já pelo PSB, tendo sido reeleita em 2018, desta vez pelo DEM. No segundo mandato, porém, licenciou-se para assumir o Ministério da Agricultura no governo Bolsonaro.

Tereza Cristina formará a bancada do Mato Grosso do Sul no Senado ao lado de Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (União Brasil), que retorna ao cargo após ter disputado a Presidência da República.