Freixo sobre ampla derrota no RJ: 'Não enxergamos que país repetiria 2018'
O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), candidato derrotado na disputa ao governo do Rio de Janeiro, atribui a ampla margem obtida por Cláudio Castro (PL) —reeleito no primeiro turno com 58% dos votos válidos— à força do bolsonarismo no estado. Freixo, que obteve cerca de 27% dos votos, disse que agora vai se engajar na campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o segundo turno.
"Não foram só os institutos de pesquisa que erraram. Acho que todos nós erramos. Todos nós deixamos de enxergar o Brasil que jurávamos que não ia repetir 2018 e, em parte, esse 2018 foi repetido. Nenhum de nós imaginava que um projeto de extrema-direita tivesse tanta força nesse país nem desejávamos isso", disse Freixo sobre sua derrota.
Ele mantém uma segurança armada graças aos mandatos que ocupa desde sua atuação na CPI das Milícias, na Alerj (Assembleia Legislativa do RJ). Agora, pela primeira vez, não terá cargo eletivo após fevereiro, quando termina a legislatura atual na Câmara dos Deputados.
Sobre seu futuro, evitou traçar planos. "Eu ainda não pensei. Mas eu sempre cuidei muito da minha vida, nunca fui inconsequente nem irresponsável. Mas vamos ver, vamos fazer a campanha do Lula no primeiro turno. Lula ganhando a eleição é uma situação, o Lula não ganhando é outra", disse.
Questionado se isso significava aceitar um ministério em um eventual governo Lula, Freixo reiterou que precisa aguardar o resultado do segundo turno da eleição presidencial.
Freixo falou que todo seu foco agora é para conseguir mais votos para Lula no Rio de Janeiro, estado onde o ex-presidente teve 40% dos válidos ante 51% de Jair Bolsonaro (PL) —uma diferença de mais de 982 mil votos. Com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), Freixo disse que iniciou uma conversa sobre apoio para fortalecer Lula no estado no segundo turno.
"Vai ser um segundo turno muito duro. (...) Os principais personagens do bolsonarismo saíram vitoriosos no Brasil inteiro, então nos cabe uma reflexão mais profunda de que com Brasil estamos conversando e dialogando", avaliou o deputado.
Freixo disse que o campo da esquerda precisa construir nomes competitivos. "O Lula entra [na disputa] porque foi um presidente extraordinário e tem um carisma extraordinário. Mas não pode ser só a figura do Lula. Temos que ser um projeto maior do que o Lula."
Com a derrota, Freixo disse que ligou para Castro e parabenizou o governador pela vitória.
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