Lula e Haddad acompanham apuração em hotéis 'vizinhos' em São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está acompanhando a apuração dos votos em um hotel no centro de São Paulo. Após anúncio do resultado, ele fará um discurso em um trio elétrico na Avenida Paulista —o petista afirmou que falará com os eleitores diante de qualquer resultado.
Lula está acompanhado da esposa, Janja da Silva, do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice, e de outras lideranças da campanha. O ex-ministro Fernando Haddad (PT) acompanha em outro hotel próximo —também no centro, a 250 metros de distância. Os dois devem se encontrar após o resultado.
Apuração em hotel. Lula votou em uma escola em São Bernardo do Campo (SP), na região metropolitana de São Paulo, seu reduto eleitoral, às 9h. Depois, foi para casa, na zona oeste da capital.
O petista chegou ao Novotel Jaraguá, no centro de São Paulo, no começo da tarde, após o almoço, para acompanhar a apuração. Ele está em um quarto com Janja; o ex-ministro Aloízio Mercadante (PT), coordenador do plano de governo; a presidente do PT, Gleisi Hoffmann; o deputado Márcio Macedo (PT-SE), tesoureiro da campanha; e do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Após a definição do resultado —seja vitória em primeiro turno ou ida ao segundo turno— Lula fará um pronunciamento à imprensa no teatro do hotel. Em seguida, para a Paulista.
A campanha reservou toda a área de eventos do hotel. O primeiro subsolo está fechado para convidados, como os deputados Reginaldo Lopes (PT-MG) e André Janones (AV-MG), e o biógrafo Fernando Moraes. O segundo, voltado à imprensa.
São mais de 400 jornalistas —cerca de 65% deles da imprensa internacional, segundo a assessoria da campanha.
No hotel ao lado. Já Haddad, candidato ao governo paulista, está no Hotel Braston. Ele chegou ao local por volta de 17h30 e acompanha a apuração com a mulher, Ana Estela, e os dois filhos do casal.
Outras lideranças do PT também estão no hotel, como o deputado estadual Emídio de Souza (PT-SP), coordenador do plano de governo de Haddad, e o ex-vereador Chico Macena. A vice de Haddad, Lúcia França (PSB), que é esposa do ex-governador Márcio França (PSB), candidato ao Senado, também está por lá.
Discurso na Paulista. A expectativa é que Haddad se pronuncie após a apuração em São Paulo e siga a pé até o hotel onde Lula acompanha a apuração.
Ele deverá receber a imprensa após a divulgação do resultado. A campanha espera ir ao segundo turno, basta descobrir com quem: o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Bolsonaro, ou o governador Rodrigo Garcia (PSDB).
A ex-ministra Marina Silva (Rede), candidata a deputada federal, também deverá se encontrar com o grupo após a apuração, que acompanha em casa.
Comemoração na avenida. O PT conseguiu autorização da Justiça para uma festa na Avenida Paulista e já reservou dois trios para que os candidatos falem.
Caso acabe em primeiro turno, a expectativa é que vire uma grande festa e se estenda. Caso vá ao segundo turno, o objetivo de Lula é já pular para a próxima etapa e "dar uma animada" no eleitorado.
Lula deverá falar em "respeitar a democracia e a vontade do povo" e dizer que a vitória virá no final do mês.
Abstenção menor. Há uma expectativa de vitória no primeiro turno, em especial com uma estimativa da campanha, de que a abstenção tenha caído nesta eleição, o que beneficiaria o petista.
De acordo com as pesquisas, Lula é favorito entre as classes média baixa e baixa e entre jovens —grupos que, historicamente, apresentam maior abstenção. Em 2018, a porcentagem foi de 20% e o partido espera que neste ano seja menor.
Primeiro turno? As pesquisas do DataFolha e do Ipec (ex-Ibope) ontem (1º) indicaram possibilidade de fim do pleito pela margem de erro —o mesmo indicam trackings internos do PT.
Na campanha, o pedido é de cautela. Enquanto parte se prepara para uma possível comemoração à noite, outro grupo já estabeleceu os planos para a segunda etapa.
Já tem uma reunião da coordenação de campanha marcada para amanhã (3).
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